São Paulo não é somente uma das maiores cidades do Brasil. É uma metrópole mundial.
E, com isso, desfruta do melhor e do pior na vida das grandes cidades. Os problemas são exponenciais que, para resolvê-los, são exigidos esforços proporcionais.
Naturalmente, diante desse gigantismo de coisas, a capital sempre será candidata a sediar os grandes eventos esportivos que vêm ao Brasil.
Como a Copa do Mundo.
Mas a capital segue com dificuldades superlativas.
A mais recente é com o “Itaquerão”, a futura casa do Corinthians. Não para de chover problema.
Duto de petróleo. Falta de licença ambiental. Problemas com o Ministério Público e concessão do terreno.
Antes, a novela tinha o endereço no Morumbi. Agora, até a Arena Palestra Itália – que tem sua novela própria e ainda mais apimentada – tenta entrar no páreo para receber jogos da Copa.
Sem falar nas críticas públicas da Fifa, como se fosse um irmão mais velho a cobrar conduta exemplar de todos, à sua sombra e semelhança.
Mas a sombra e a semelhança da Fifa projetam suspeitas de corrupção por toda a parte.
Como exigir investimentos incertos, que aumentam na medida em que os famigerados “encargos” do caderno da Copa não param de pipocar?
Maracanã, Itaquera, Arena da Baixada, Beira-Rio sofrem com surpresas de última hora. Custos da obra saltam 30%, 40%.
Para piorar, nos estádios privados, há uma tremenda confusão entre o que é particular e o que é público.
Falta articulação estratégica.
E num grande regime de incerteza, com temor de que a planilha não feche pra ninguém, exceto pra Fifa.
Capital de risco, pra mim, tem duplo sentido: que alguma grande cidade do Brasil seja excluída do mapa da Copa 2014; quem investe dinheiro no evento tá na linha de fogo.
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