Fumaça branca

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Quando da escolha de um novo Papa, na Igreja Católica, o Conclave dos cardeais se reúne para deliberar e, principalmente, votar naquele que será o novo líder religioso.

Reunidos no Vaticano durante o tempo que for necessário para a escolha do sucessor do Papa falecido, buscam a maioria simples do colégio eleitoral, composto por 120 cardeais do mundo todo.

Enquanto não for alcançada a maioria, a fumaça saída da chaminé do Vaticano será cinza. Se o resultado final não indicar o novo Papa, a fumaça será negra.

Porém, ao se decidir pelo novo Papa, a fumaça será branca, símbolo do consenso e da pureza do processo eleitoral.

A fumaça é produzida pela queima das cédulas de votação, juntamente com produto especial que lhe dá a cor devida.

O processo de escolha dos líderes de uma organização é fascinante, pois a sedução pelo poder expõe as pessoas aos olhos de todos, ainda que não queira, pois a força de suas ações ou omissões é maior que sua influência para controlá-las.

São muitas as articulações de bastidores, os acordos colaterais, as coalizões, a corrupção, a troca de favores, a violência e crueldade.

Acompanho e recomendo a série Os Bórgias, estrelada por Jeremy Irons, no papel de Rodrigo Bórgia, cardeal espanhol que comandou o processo de sucessão do Papa Inocêncio, tendo sido acusado de vários crimes – envenenamento, roubo e simonia (venda de “favores divinos”).

Nela, retrata-se a história da família Bórgia. Sim, o cardeal possuía família, algo que era um tanto comum aos líderes religiosos da época, embora não permitidos pela Igreja oficialmente.

Rodrigo Bórgia, que se tornaria Papa Alexandre VI, comanda os filhos e a mulher na expansão e manutenção do poder secular e religioso, a qualquer preço.

Fico imaginando o escárnio que deve acontecer na CBF, na Fifa, nos clubes de futebol no Brasil e no mundo, quando das eleições.

Até mesmo nas escolhas do novo treinador, cuja figura, em alguns clubes, representa o Papa que o conduzirá aos céus.

O problema é quando se esquece que o inferno também existe e pode ser o destino traçado por más escolhas administrativas.

Fumaça branca, no futebol, é algo bastante raro.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br  

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