Identidade

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Dia desses, estive conversando com um grande amigo a respeito de coisas do futebol.

Mais especificamente, sobre o porquê de um determinado clube conhecido por ambos estar em grave crise administrativa.

Ele, com muita experiência profissional, no Brasil e fora, somando a lucidez de visão, respodera:

“O clube precisa resgatar sua identidade. Isso não existe há muito tempo.”

E, por ter feito parte de um período da instituição em que se forjara uma identidade forte, coesa e também vitoriosa, essa afirmação soava, para mim, como diagnóstico preciso.

Na Wikipédia, “Identidade é o conjunto de caracteres próprios e exclusivos com os quais se podem diferenciar pessoas, animais, plantas e objetos inanimados uns dos outros, quer diante do conjunto das diversidades, quer ante seus semelhantes”.

Ademais, antropologicamente, tem-se que a “Identidade consiste na soma nunca concluída de um aglomerado de signos, referências e influências que definem o entendimento relacional de determinada entidade, humana ou não-humana, percebida por contraste, ou seja, pela diferença ante as outras, por si ou por outrem. Portanto, Identidade está sempre relacionada a ideia de alteridade, ou seja, é necessário existir o outro e seus caracteres para definir por comparação e diferença com os caracteres pelos quais me identifico”.

Tentando aproximar os dois conceitos do futebol e do próprio tema trazido àquela conversa, entendo ser possível resumir e, ao mesmo tempo, traçar as devidas analogias.

Identidade, no clube de futebol, é o conjunto de atributos próprios e exclusivos, reunidos em torno de pessoas, ou por elas construídos, bem como os símbolos, as estruturas, as ideias e seus fatores históricos, que determinam a todos estes um sentimento de pertencer à instituição ou dela poder se apropriar de forma intangível.

O decantado Barcelona de hoje, dentre outros grandes clubes europeus, e alguns poucos do Brasil, conseguem construir e solidificar sua identidade em todos os aspectos que conformam a instituição.

Já havia mencionado em outra coluna que a política de gestão faz com que o clube não perca sua essência.

Com os dirigentes sabendo qual é a identidade da instituição e a incluindo no planejamento e execução no dia a dia da gestão, fica mais fácil montar equipes competitivas em todos os níveis e departamentos – não só dentro de campo e na equipe profissional.

Ao contrário, caso se faz uso de gestão política – agraciando empresários, torcida organizada, diretores e conselheiros sem competência técnica para ocupar funções executivas – o resultado pode ser a perda e distanciamento gradativo do DNA institucional que forja a história do clube.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br
 

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