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Nesta coluna abordarei o tiro de meta, que como todos sabemos faz parte do momento do jogo referente às bolas paradas.

O tiro de meta se configura como o momento em que o goleiro ou outro jogador repõe a bola em jogo a partir da pequena área. Por conta do local onde esse lance ocorre, entre outras coisas, em algumas equipes o mesmo é negligenciado do ponto de vista organizacional e estratégico. Ou seja, dentro da organização de bolas paradas ofensivas o tiro de meta eventualmente fica de fora.

O que vemos, então, é simplesmente um chutão para frente e logo após uma “briga” pela primeira e segunda bolas.

Algumas vezes isso dá certo, outras não, e as circunstâncias “ocorrem por acaso” (Não!).

Nesse ponto, alguns vão pensar: “Vamos sair jogando, então!”

Calma!

Contemplar ou não esse lance específico de bola parada não passa por sair jogando curto ou optar por um jogo longo, e sim por traçar conteúdos e conceitos que norteiem a ação dos jogadores dando ferramentas para que eles se sobressaiam ao sistema adversário.

Há inúmeras formas de fazer isso e nesse tipo de lance as equipes partem da organização, em que os jogadores iniciam a jogada em um posicionamento conhecido, dentre outras coisas.

Vou discutir aqui uma das possibilidades de saída de jogo a partir do tiro de meta. Em seguida, algumas atividades serão expostas e vamos discutir o desenvolvimento do conceito.

Vamos definir, então, como nossa equipe hipotética se comportará dentro desse momento.

Optaremos por um jogo de progressão apoiada a partir do tiro de meta, no qual a mobilidade será primordial desde o início da jogada. Como a equipe estará organizada, poderemos traçar algumas metas de ocupação de espaço.

Vejam que nesse momento é importante que haja troca de posições a fim de dificultar a marcação adversária. Claro que se o adversário estiver marcando meio campo, isso se torna desnecessário, mas para fins didáticos estamos partindo do pressuposto que o adversário marcará pressão na saída.

Sendo a mobilidade bem feita, é esperado que haja apoios para o goleiro que fará a reposição – é importante destacar que um passe para um jogador que está à frente da área e de costas para o gol adversário não é muito vantajoso; logo, os passes para as laterais do campo podem ser uma melhor opção, mas tudo isso é circunstancial.

Após a reposição ser feita, o objetivo passa ser progredir no campo de jogo com linhas de passe para frente, com um campo grande e com coberturas adequadas ao portador da bola.

Neste exemplo, o esquema tático utilizado será o 1-4-3-3. Veja no vídeo abaixo o modelo hipotético dentro desse momento do jogo.
 


 

Definido tudo isso, é hora pegar os cones e ir a campo!

Abaixo, apresento duas atividades para o desenvolvimento dos conceitos apresentados acima.

Atividade 1

Descrição
– Atividade de 8 X 7 + G, defesa contra ataque. Sempre que a bola sair do campo e for da equipe que defende, a reposição é feita a partir do tiro de meta. O objetivo da defesa é passar com a bola dominada na linha do meio campo. Isso forçará a mesma a progredir no campo de jogo desde o tiro de meta sob muita pressão.

Regras e Pontuação

Ataque
– 3 pontos se a equipe fizer o gol
-1 ponto se a equipe recuperar a bola antes de a equipe adversária trocar cinco passes
Defesa
– 2 pontos se a equipe passar com a bola dominada na linha do meio campo

Atividade 2

Descrição
– Atividade de 11 X 11, jogo formal com regras que potencializarão as situações de tiro de meta. Sempre que a bola sair em lateral no campo de defesa, a reposição é feita a partir do tiro de meta, preferencialmente de forma rápida, pois haverá um goleiro fora com bola que fará essa reposição. Equipes pontuam quando ultrapassarem a linha intermediária ofensiva em jogadas iniciadas em tiro de meta e quando fizerem o gol.

Regras e Pontuação
– 1 ponto quando a equipe ultrapassar a linha tracejada com a bola dominada em jogadas iniciadas em tiro de meta.
– 2 pontos quando a equipe fizer o gol.
– 5 pontos quando a equipe fizer o gol com jogadas iniciadas em tiro de meta.

Até a próxima!

Para interagir com o colunista: bruno@universidadedofutebol.com.br
 

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