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Na última semana, passamos pela Páscoa e por uma famigerada Sexta-Feira 13.

A Páscoa encerra, em seu simbolismo, a fé na ressurreição de Jesus Cristo que, ao dar sua vida e seu sangue pelos cristãos, representa a paixão e o amor pelo próximo – um dos principais preceitos do cristianismo.

Relata-se que Jesus Cristo pregou aos seus discípulos e apóstolos o amor incondicional ao próximo como grande meio de transformar a sociedade da época.

Sua simplicidade e intensidade naquilo que pregava e, principalmente praticava, fez com que se tornasse um grande líder, carismático e também verdadeiro.

Entretanto, isso incomodava as lideranças políticas do Império Romano.

Eis que resolvem pela sua crucificação exemplar, não sem, antes, passar por sofrimento e humilhação em praça pública, rumo ao Calvário.

Já a “maldita” Sexta-Feira 13 carrega o misticismo de estar ligada à bruxaria, à má sorte, ao ocultismo e à danação.

A origem dessa história remonta às crenças de alguns povos nórdicos, em que Friga, deusa da beleza e do amor, foi transformada em bruxa, passando a se reunir com outras 11 bruxas e o diabo às sextas-feiras, praguejando contra todos.

A data inspirou Hollywood a criar Jason Vorhees, da famosa série de filmes chamada “Sexta-Feira 13”.

Na série, Jason é um estudante que morre afogado numa viagem com os colegas de escola, mas ressuscita para se vingar de todos. Acaba se vingando mesmo, em uns 10 filmes. Haja vingança.

No caso de Jason, a ressurreição lhe convém apenas para repetir aquilo que sempre fez – buscar vingança – e que não lhe permite a paz do descanso. É um eterno recomeço.

Ressuscitar. Ressurgir. Uma questão de fé, de paixão, de força, de atitude de sabedoria.

Acima de tudo, de resignação ante a premissa de que, para ressuscitar, é preciso morrer.

E, na vida, temos muitas “mortes” simbólicas. Fim de relacionamento, mudança de emprego, término de amizade, bancarrota financeira…

O futebol, no Brasil e também lá fora, tem exemplos de ressurreição institucional bastante evidentes a seu tempo.

Internacional, Santos, Atlético Paranaense por aqui. Napoli, Milan, Manchester City, Tottenham, a própria Uefa, ao se “desconectar” da dependência da Fifa.

O futebol brasileiro, em especial no âmbito da gestão corporativa e da formação de talentos, precisa reconhecer que está, no mínimo, rumo ao Calvário.

E que, se for crucificado, sim, tenhamos fé, paixão, força e sabedoria para ressuscitá-lo visando um novo começo.

Não um simples recomeço.

A diferença pode ser sutil, mas recomeçar pode remeter ao ponto de onde se havia parado.

Como o personagem Jason Vorhees – sem evolução no que pratica.

Um novo começo é, de fato, novo caminho.

Será que conseguimos?

Eis o mistério da fé.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br

 

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