Os ensinamentos de Felipão e o desenvolvimento do cabeceio – parte III: atividades práticas

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Queria destacar que nesta semana vamos chegar ao fim da trilogia “Os ensinamentos de Felipão e o desenvolvimento do cabeceio”. Pelo menos por enquanto…
Gostaria antes de mais nada de salientar minha satisfação com o retorno de vocês, leitores: foram muitas discussões e todas elas, de certa forma, me ajudaram a refletir sobre o jogo e tudo o que o envolve. Obrigado!
Peço desculpas àqueles que ainda não foram respondidos, mas fiquem tranquilos que darei o retorno.
Então, vamos lá!
Gostaria de abordar algumas atividades práticas para o desenvolvimento do “cabeceio”, que foi o grande fator gerador da discussão.
Como vimos, o cabeceio, em si, aparentemente não foi o único problema apresentado pela equipe, porém faz parte do processo desenvolver a ação com bola do jogador e é neste ponto que nos focaremos nesta coluna (atividades para a organização de bola parada podem ser vistas na coluna “As bolas paradas”. E em próximos textos vou abordar as transições).
A atividade proposta por Felipão (conforme descrição da matéria, a bola ficava presa em uma forca e os atletas tinham de saltar e efetuar o cabeceio) age nesse aspecto principalmente, porém, como a sua complexidade não é da mais elevada, a ação do treinador é fundamental para a criação de um ambiente adequado para o desenvolvimento da ação em si e, mais do que isso, que mexa com a intencionalidade do atleta e no ataque a bola em jogadas aéreas.
Abaixo, seguem atividades para o desenvolvimento da ação com a bola “cabeceio”.
Atividade 1
Tal atividade foi elaborada por Leandro Zago e, além de ser utilizada na base do Corinthians, é aplicada no departamento de formação de atletas do Manchester United.
Descrição
– Atividade de 2×2, em que o objetivo da equipe que tem a bola é fazer o gol na equipe adversária através de um cabeceio. Toda a linha de fundo da equipe se configura como o gol e a altura é definida pela máxima altura que os jogadores podem saltar. Para defender o gol, os atletas não podem usar as mãos, porém para levantar a bola para o cabeceio do companheiro as mãos podem ser utilizadas.
Regras e Pontuação
-Equipe marca ponto quando fizer o gol no adversário.

 
Atividade 2
Descrição
– Atividade de 5X5+Goleiro dentro da área mais dois “coringas” fora. O objetivo das equipes é marcar o gol no adversário após o cruzamento dos “coringas” que jogam para as duas equipes.
Regras e Pontuação
– Equipe marca 3 pontos se fizer o gol de cabeça após o cruzamento.
– Equipe marca 1 ponto se fizer o gol (sem ser de cabeça) após o cruzamento.

 
 
Atividade 3
Descrição
– Atividade de 11×11 + 4 “coringas” que ficarão no escanteio para a cobrança rápida. Jogo formal, porém toda a vez que a bola sair pela lateral no campo de ataque a equipe tem o direito da cobrança do escanteio do lado em que a bola saiu; como o “coringa” já está posicionado para a cobrança, as equipes precisam se organizar rápido para a cobrança.
Pode ser feito isso para faltas laterais ou mesmo frontais. Como as equipes têm pouco tempo para se organizar, a mesma deve ser utilizada em momentos mais avançados do processo.
Regras e Pontuação
– Equipe marca 3 pontos se fizer o gol a partir da cobrança de escanteio.
– Equipe marca 1 ponto se fizer o gol no jogo formal.

 
Chegamos ao fim da trilogia.
Vimos que a visão sobre o jogo influencia o treino.
Que o treino não é apenas uma soma de atividades.
Que o treinador transcende o método.
Método que é importante.
Mas não é tudo.
E que, no fim, temos muito que aprender ainda…
Até a próxima!
Para interagir com o colunista: bruno@universidadedofutebol.com.br

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