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Num agradável almoço recente, com amigos que herdei e conservo, oriundos da minha modestíssima história como jogador de futsal e futebol, conversamos bastante sobre as razões de sucesso e fracasso na carreira profissional nesse esporte.

Não só profissional, mas também pessoal.

Naturalmente, alguns exemplos vívidos de jogadores cujo presente de declínio técnico e decadência moral, como Ronaldinho Gaúcho e Adriano, suplantam o passado brilhante, vieram à tona.

Ambos os amigos desfrutaram – porque construíram – de carreiras vitoriosas no Brasil e na Europa.

E falávamos a respeito da importância de treinadores que, em nossa época de criança, eram verdadeiros educadores. Alguns com estilo rigoroso, sim, mas verdadeiros formadores do jogador e do homem.

Porém, o principal fator crítico de êxito na carreira e na vida do jogador, apontado por eles, era sobre a mulher escolhida para esposar.

Baseados na observação das histórias de vida de outros colegas, ao longo dos anos, perceberam que, aqueles que se casavam com as mulheres oriundas do mesmo ambiente social em que viviam, estariam condenados à estagnação na carreira como jogador e, consequentemente, quando parassem de jogar.

Afirmaram que a perda de patrimônio, de prestígio, de entrega a festas, badalações, bebida e vida descompromissada se dava em boa parte por esse motivo.

Notei que as entrelinhas do que haviam comentado não era algo negativo sobre as mulheres em si.

Era, sim, uma referência à necessidade que as pessoas tem de buscar crescimento mediante o embate com o diferente.

Algo na linha de dialética de Hegel, com tese, antítese e síntese.

Enfim, ter como esposa alguém de origem socioeconômica e cultural distintas – não necessariamente “melhores” – para somar em diversos aspectos na vida do jogador.

Para que isso significasse a ruptura com um ciclo de vida engessado.

Entende-se a pertinência dessa história, porque muitos dos craques que entram em decadência declaram amar seu lugar de origem, ainda que seja uma relação superficial e esse lugar seja dissociado do seu estilo de vida novo.

Como Adriano e a Vila Cruzeiro. Adriano não leva a vida da Vila Cruzeiro. Leva uma vida de Leblon e Barra da Tijuca.

Nada acontece por acaso.

Somos produto do meio, mas podemos influenciar boa parte do que acontece em nossa vida.

Escolher a mulher que estará ao nosso lado é uma delas.

E ela também vai influenciar nossa vida.

De forma bem positiva, esperamos.

Embora com pitadas intensas de paixão e loucura, que isso impulsione nossa evolução como homens.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br

Leia mais:
Camile Pasqualotto Lewczynski, pós-graduada em Psicologia do Esporte e esposa de Roger Machado, auxiliar técnico do Grêmio e ex-jogador de futebol

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