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Com a desatualização de suas casas, muitos clubes, no Brasil e em outros países, buscam novos endereços para ter seus estádios. O grande motivo é a impossibilidade de reformar, por limitações do entorno ou da capacidade do equipamento atual.

O Chelsea, como mostrei em uma coluna aqui na Universidade do Futebol, está em busca de um novo local para um estádio icônico e com capacidade maior. O Corinthians já deixou de ter o Pacaembu como palco principal de seus jogos para ter agora seu próprio estádio. Assim como o Grêmio e como muitos outrosclubes italianos e suas modernizações visionárias.

É totalmente compreensível a busca por novos espaços que sejam fonte renda e que tragam mais identidade e força para o clube. No entanto, como ficam os vários estádios abandonados? Virarão museus? Um galpão abandonado é facilmente transformado em edificações para outras atividades, mas e os estádios? É difícil imaginar uma atividade.

Que jogos o Pacaembu, por exemplo, terá? Shows são proibidos no estádio por causa da vizinhança. Quais atividades manterão o estádio? É interessante que cada estado tenha seu estádio público, mas a que custo?

O Morumbi é um exemplo de fidelidade. O São Paulo tem uma identidade e orgulho de seu equipamento, embora localizado em um terreno com entorno muito bem firmado e construído, ou seja, limitado para expansões e até mesmo para receber grandes eventos. Os que permanecem têm certas dificuldades, mas o que se faria se o São Paulo abandonasse um estádio como o Morumbi?

Universidades, museus, clubes, centros culturais? Algo bem inusitado, mas poderiam ser opções; mas, enfim, seriam equipamentos de múltiplas funções para conseguir dar conta financeiramente de um equipamento de grande porte como um estádio.

Vale lembrar que o brasileiro não tem costume de visitar museus. Temos um índice baixíssimo perto de países europeus. Então, neste momento de abandono, é o momento de fomentar a visitação, a cultura e educação, ou buscar usos mais inusitados ainda para conseguir evitar, aí sim, os elefantes brancos. Elefantes brancos não serão os da Copa do Mundo de 2014, mas aqueles deixados para a história.

Realmente era necessária a construção de novos estádios para a Copa do Mundo. Em alguns locais, os existentes não dariam conta mesmo com grandes reformas, por questões principalmente de segurança. Mas é realmente necessário pensar no que fazer com palcos de tantas partidas até então.

Estamos, assim como todos os proprietários desses estádios abandonados, fadados a encontrar uma atividade, uma forma de utilizar bem os espaços deixados para trás ou para uma possível e triste demolição.

Compreensível a atitude, mas problemática.

Para interagir com o autor: lilian@universidadedofutebol.com.br
 

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