O Comitê Olímpico, junto ao IAB-RJ, abre oportunidade para jovens graduados. A ideia de buscar novas oportunidades para os mais jovens arquitetos se concretizou com o lançamento do concurso de projetos para a área social do primeiro campo de golpe público (com 18 buracos, ou seja, completo) do Rio de Janeiro.
Não só será um projeto para as Olimpíadas como também visa fomentar o esporte no Brasil a partir deste equipamento, ficando, sim, como legado para a população.
O concurso visa receber projetos de profissionais formados a partir de 1997 e inclui, como programa, um restaurante, área social, bar, loja, vestiários, local para eventos e administração e tem premiações para os três melhores projetos.
A importância de concursos públicos de arquitetura
Já faz tempo que defendo a causa. A abertura de concursos evita direcionismo a profissionais parceiros e democratiza a oportunidade de se projetar um equipamento público.
Se todos somos cidadãos, todos podem propor ideias para o poder público com igualdade. Tudo isso dá um leque maior de opções para o governo evitando projetos equivocados, uma vez que se pode escolher o melhor dentre muitas ideias e conceitos, o que dificilmente poderia ser enxergado com uma única proposta de um único profissional.
Desde que seja transparente, o concurso evita também corrupções. Não em todos os sentidos, mas, ao menos, em um deles.
O fator polêmico entre muitos arquitetos é que todos se esforçam, todos trabalham e somente cerca de três são pagos. Isso gera uma desvalorização do trabalho, uma vez que o cliente recebe inúmeras propostas e não paga pela maioria como se não fossem trabalhos com horas dedicadas.
No entanto, é uma oportunidade dada; quem se inscreve está ciente disto e está disposto a propor ideias, livremente, sem ser, necessariamente pago por isso.
O golfe nas olimpíadas
Nas Olimpíadas no Rio em 2016 “estrearão” duas modalidades: o golfe e o rugby. No entanto, o golfe foi praticado até 1904, ano no qual participou com somente dois países (Estados Unidos e Canadá).
Para o Brasil, teremos não só a reestreia do esporte, mas também podemos esperar muito mais países participando (cerca de 30, com participantes masculinos e femininos).
Além disso, o legado olímpico mencionado acima fica a favor desta ideia, democratizando o esporte no Brasil e aumentando o número de praticantes de um esporte que, até então, é elitizado por ter custos mais caros que outras modalidades.
Para interagir com o autor: lilian@universidadedofutebol.com.br