Música e bola

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade
Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade

O relato desta coluna tem relação com o perfil de espetáculo da música e do futebol. A analogia nada tem a ver com as dancinhas (horrorosas, diga-se de passagem) das comemorações de gol dos artilheiros do Campeonato Brasileiro. A reflexão vem desde um fato que ocorreu comigo no último final de semana e uma conversa com um amigo, pertencente ao mundo do futebol.

A história se resume a um show musical que fui com minha noiva no sábado (27/10). Um espetáculo que aguardava com grande expectativa, com um valor compatível ao seu porte – na base de R$ 60 por pessoa – e que lotou a casa, evidenciando que o mesmo era de fato popular.

Acontece que o roteiro do show, conforme todos vinham esperando, praticamente inexistiu por conta de um certo amadorismo do músico, que não se encontrava nos melhores dias (para ser gentil, pois claramente este não se preparou para fazer um grande espetáculo, aparentando embriaguez ou algo do gênero). Para ser sucinto, fomos para casa no meio do show, ouvindo outras pessoas dizer que “foi o pior show da minha vida”, o que simplifica o ocorrido.

Trata-se da “boleragem da música”, pelas palavras deste meu amigo. E de fato foi, tal e qual acontece quando um grande jogador vai para a noite na véspera de um jogo (importante ou não) e não consegue render todo o seu potencial.

Quando falamos em criação de um espetáculo ímpar, com um conteúdo atraente em um ambiente agradável de entretenimento, devemos pensar no conjunto da obra, que vem desde a formação de uma excelente equipe técnica, que prepare adequadamente o artista para que este possa brilhar e gerar retornos satisfatórios em termos de imagem e marketing para o clube.

Para concluir o raciocínio: está claro que as pessoas dispõem de recursos para o consumo de plataformas de entretenimento, estando na mira tanto a música quanto um jogo de futebol. Mas os consumidores precisam ser respeitados e quem entrega o espetáculo precisa fazê-lo na mesma medida das expectativas de seus clientes.

Do relato de caso temos como resultado o fato de eu não querer mais ir a shows deste cantor, se alastrando em um pequeno viral à medida que eu contar para amigos e grupos de amigos o ocorrido. Na mesma medida, pesquisas mostram e conversas com pessoas próximas que atestam que evitam sumariamente ir a estádios de futebol por conta de péssimas experiências do passado. E assim se (des) constrói uma imagem…

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Share on pinterest

Deixe o seu comentário

Deixe uma resposta

Mais conteúdo valioso