O novo-velho “causo” de interferência tem relação com a saída precoce de Renê Simões da gerência das categorias de base do São Paulo na semana passada, conhecido em breve texto publicado em http://espn.estadao.com.br/noticia/294663_juvenal-juvencio-confirma-interferencia-em-trabalho-de-rene-simoes-queria-o-que.
Não sabemos, pela imprensa, o grau da interferência, nem como ela processada. Mas o fato de a diretoria admiti-la como algo bastante natural a enquadra mais uma vez no amadorismo do dirigismo esportivo do país.
O monitoramento, controle, cobrança de todas as áreas dentro do clube deve existir, é claro, como em qualquer empresa. É inerente a qualquer cargo ter que se reportar a seus superiores, apresentar relatório e mostrar resultados.
No caso de um departamento de categorias de base, o gerente deveria responder a um executivo de futebol ou à diretoria na forma de relatórios de apresentação de resultados, seguindo um plano previamente desenhado.
O que se discute, mais das vezes, é a forma. A “interferência” de uma diretoria no trabalho deve ser macro, centrada no planejamento, não no dia-a-dia. A ingerência direta da cúpula só prejudica um trabalho como este, que deveria seguir a lógica do longo prazo.
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