Com a proximidade da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, algumas mudanças de paradigma e novidades começam a entrar em cena. Dentre elas, merecem destaque os assistentes de torcedores, conhecidos como stewards.
Tratam-se de profissionais que trabalham na segurança interna dos estádios nos grandes eventos internacionais que estarão presentes também na Copa das Confederações da Fifa, em 2013, e na Copa do Mundo do ano seguinte. Steward é um modelo antigo, que é muito usado na Europa.
Para a formação desses profissionais, com padrão internacional, o Comitê Organizador da Copa do Mundo da Fifa e a Polícia Federal criarão uma grade curricular específica.
Estes agentes de segurança interna, que já foram utilizados nos grandes eventos esportivos internacionais, são peças fundamentais no novo conceito de segurança, de não confrontação, que o Comitê Organizador do Mundial no Brasil quer implantar nos estádios brasileiros.
São esses profissionais que cuidarão do conforto e da resolução pacífica de conflitos nos seis estádios que abrigarão os jogos do torneio. Eles trabalharão em conjunto com as forças públicas, que são as responsáveis pelos casos de polícia.
Os assistentes de torcedores ou stewards atuam como organizadores dentro dos estádios, fazendo com que o local seja um ambiente familiar, no qual o torcedor seja tratado como consumidor.
Atualmente, no Brasil há cerca de dois milhões de vigilantes formados em cursos que são fiscalizados pela Polícia Federal. Para se tornarem stewards e trabalharem na Copa do Mundo, os novos vigilantes terão de assistir aulas específicas desta nova grade curricular que será criada.
A previsão é que a Polícia Federal, até 2014, invista cerca de R$ 9,8 milhões para regular, fiscalizar e controlar a atividade de segurança privada no país.
A Polícia Federal exigirá um curso de extensão de 50 horas a todos os agentes de segurança privados que trabalharão como stewards. O formato da capacitação já foi definido pela instituição, junto ao Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo e outros órgãos de governo.
O objetivo é transformar a conduta dos profissionais, com um foco de atuação voltado ao tratamento com o público, com disciplinas com enfoque em controle de acesso aos locais dos eventos, gerenciamento de público, gestão de multidões, direitos humanos e resolução de situações de emergência.
Os stewards também são capacitados a dar informações às pessoas, direcioná-las aos assentos, acionar serviços de emergência em saúde e a polícia.
Com os stewards, haverá divisão de tarefas e as forças de segurança pública não ficarão sobrecarregadas, tendo total liberdade para garantir a segurança nas cidades, evitando que outras áreas fiquem desprotegidas.
A estimativa do Comitê Organizador da Copa é de que 26 mil stewards serão utilizados durante a competição, podendo, este número, chegar a 50 mil.
Este modelo de segurança da Fifa ajudará a deixar um legado para o país, eis que atualmente a segurança nos estádios é realizada pelas polícias militares e, posteriormente, os promotores dos eventos, as entidades, confederações, poderão contratar empresas de segurança privada para atuar dentro dos estádios. Assim, ficará o legado no tratamento aos torcedores/consumidores.
Para interagir com o autor: gustavo@universidadedofutebol.com.br