Vem chegando o final dos Estaduais e, com este período, aquela sensação questionadora de todos que militam no futebol: "vale a pena?"
Para alguns, o argumento é de que sem eles os clubes pequenos morreriam; para outros, fala-se de sua baixa atratividade e competitividade para os grandes.
Mas será mesmo que o fim dos estaduais representa o fim dos clubes de menor porte? É sustentável um modelo de competição de três/quatro meses ser considerado "benéfico" para uma parcela dos clubes? É somente disto que as federações estaduais vivem?
O fato é que as competições estaduais são relativamente rentáveis para os clubes maiores. O valor dos direitos de transmissão em favor do Top-12 é comparável ao montante percebido na Libertadores para a mesma rubrica.
Apesar de sua defasagem técnica, é a oportunidade de conquistar algum título e ter alguma aproximação com o torcedor ou de obter proventos sobre sua exposição midiática.
Na próxima semana abordarei, de forma mais concreta e embasada por números, que a disputa de competições com elevado desequilíbrio econômico e, por conseguinte, técnico, não é benéfica para nenhuma das partes, como forma de ampliar um pouco mais este debate…
Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br