Na última semana um torcedor morreu, no Recife, depois de ter sido atingido por um vaso sanitário arremessado durante uma briga de torcidas depois da partida entre o Santa Cruz e o Paraná, válida pelo Campeonato Brasileiro da Série B. Duas privadas foram retiradas do banheiro, e atiradas de uma altura de 20 metros.
Ou seja, mais uma morte… mesmos discursos… e mesmo resultado… nenhuma medida efetiva.
Impressiona o fato de, ainda, debatermos temas superados em outros países como Inglaterra, Espanha e Estados Unidos.
Exemplos de sucesso no combate à violência pululam pelo mundo a fora, mas aqui no Brasil tentam “descobrir a roda” ao invés de se buscar um estudo das medidas implementadas em outros países.
Enquanto nosso Ministro dos Esportes vem a público explicar a violência, o presidente do Coselho Superior dos Esportes (CSD) (equivalente na Espanha), o advogado Miguel Cardenal, quando indagado sobre o clássico madrilenho que decidirá a Uefa Champions League, destacou que a Espanha é "un modelo en seguridad" na organização de grandes eventos esportivos.
Este paralelo demonstra o estágio de desenvolvimento de cada país.
Enquanto ainda nos preocupamos com torcidas organizadas e bebidas alcoolicas, Espanha e Inglaterra procuram as causas reais da violência a as atacam individualmente sem apontarem vilões.
Há uma série de medidas simples já adotadas com sucesso em outros países que sequer são aventadas no Brasil.
Na Europa, as pessoas que cometem atos de violência são realmente punidas e estes casos tronam-se exemplos a fim de desestimularem outros torcedores.
Ademais, ocorreu uma profunda remodelação de todos os estádios a fim de se conferir melhores condições de conforto e segurança.
Isso sem falar na facilitação na compra de ingressos, na criação de uma polícia especializada, altamente qualificada e competente para lidar com as demandas dos torcedores e nas campanhas educativas.
O “Report Taylor” (Inglaterra), a Legislação espanhola e os regulamentos das Ligas Profissionais Norte Americanas estão aí, basta estudá-las e adaptá-las à nossa realidade.
Enquanto isso, infelizmente, continuaremos comentando e relatando novos casos de violência no desporto brasileiro.