Mal começou o Campeonato Brasileiro de futebol deste ano e já nos deparamos com a primeira demissão de um treinador. Após apenas duas rodadas, o primeiro técnico de um clube da série A já deixou o comando do seu clube.
O que terá acontecido para que os resultados esperados não se materializassem?
Sabemos que este tipo de situação se manterá presente durante a competição, seja para um ou outro clube. Mas como se prevenir de algumas questões que podemos considerar como armadilhas que os times estão sujeitos a passar, conforme as citadas por Patrick Lencioni em seu livro “As cinco disfunções de um time”.
Quero citar uma destas cinco armadilhas como um ponto de importante análise por parte das equipes de seus treinadores – “a falta de confiança”. Esta armadilha é como se fosse a causa raiz de problemas que causam a partir dela uma certa quantidade de efeitos colaterais para o time.
Se pensarmos na palavra confiança, podemos compreende-la como a crença de que as pessoas de quem dependemos irão realmente cumprir com nossas expectativas. A confiança está lastreada em 3 pilares básicos:
• Resultados
• Demonstração de preocupação
• Integridade
É raro um time conseguir uma relação de confiança que resista a resultados insuficientes dentro de campo, assim podemos entender que o resultado pode ser considerado uma premissa para que a confiança se instale em qualquer grupo de atletas. Em relação a preocupação, toda vez que uma pessoa se preocupa com outra, demonstra todo esforço dedicado a cumprir com as expectativas do outro, estimulando assim a criação de um elo de segurança que sustentará a relação de confiança entre os membros do grupo. A integridade se qualifica como uma palavra que pode ser decomposta em Ética, Honestidade, Consciência e Responsabilidade.
Nos grupos em que a confiança se faz presente, os atletas demonstram comportamentos como por exemplo:
• Pede ajuda a outro membro do grupo
• Aceita sugestões de pessoas externas
• Admite fraquezas e erros
• Fornece o benefício da dúvida antes de concluir algo pelo simples julgamento do outro
• Cumpre as expectativas dos outros e informar quando não irá conseguir cumpri-las
• Aprecia as competências compartilhadas dos membros do grupo
Neste sentido, o papel do treinador pode ser fundamental pois a confiança nunca é adquirida do dia para a noite, irá requerer que o grupo dedique seu tempo juntos e que efetivamente possam tratar francamente suas vulnerabilidades. Seguindo nessa direção o treinador poderá exercer um papel de integrador e também de membro deste grupo, criando elos duradouros de segurança com seus atletas, para que possam aceitar as vulnerabilidades da equipe e com isso possam admitir que algo de melhor possa ser feito em termos de evolução tática e técnica dentro de campo.
E aí amigo leitor, concorda que esta armadilha poderá estar presente durante todo o campeonato?
Até a próxima.