Armadilhas do início de temporada

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Em início de temporada, eventualmente convivemos com situações onde os atletas se lesionam logo nos primeiros períodos de disputas das competições oficiais, sejam pela preparação aquém do que seria necessário ou pela maratona inicial de jogos que algumas equipes acabam passando. Todo clube está sujeito a ter este tipo de problema, com lesões indesejadas e nessas ocasiões, como se pode ampliar a capacidade de recuperação dos atletas nessa situação?

Já comentei algum tempo atrás sobre o tema, mas no momento é muito pertinente voltar à reflexão sobre como auxiliar de forma eficaz o processo de recuperação do atleta lesionado.

Várias técnicas trazem valor para o atleta num momento desses durante o processo de reabilitação, dentre elas acredito que algumas podem ser destacadas, tais como o estabelecimento de metas, o relaxamento e a visualização. Então, vamos abordar brevemente um pouco mais sobre elas aqui.

Estabelecimento de metas

Pode se realizar um trabalho para promover o estabelecimento de metas congruentes com a realidade, com os valores e desejos do atleta, bem como com validade sistêmica na vida pessoal e profissional do atleta. Podem ser estabelecidas metas para retorno a prática esportiva, criando pontos de avaliação e também estágios de avanço menores do que a meta final, promovendo o avanço gradual em direção ao objetivo traçado e com o aumento da confiança e da capacidade de realização de tarefas por parte do atleta. Valor agregado para o atleta: aumento considerável da autoestima do atleta durante o processo de recuperação.

Relaxamento

A utilização das técnicas de relaxamento, que frequentemente acompanham os quadros de lesões e sua recuperação, agregam valor para o atleta no alívio da dor e do estresse. Um exemplo prático que podemos compartilhar trata-se de um programa de dois minutos proposto por Lindemann (1984), conforme abaixo:

  • Inicialmente o atleta adota uma posição cômoda em um lugar tranquilo e agradável;
  • Fecha os olhos;
  • Desenvolve uma atitude positiva para o exercício;
  • Concentra-se no seu próprio ritmo de respiração;
  • A inspiração precisa acontecer naturalmente;
  • Após a inspiração o atleta começa imediatamente uma expiração profunda;
  • Após a expiração, o atleta faz um pequeno intervalo (sem forçar);
  • A relação entre o tempo de inspiração e expiração deve ser aproximadamente de três para cinco, respectivamente;
  • O atleta pode manter o exercício por dois minutos;
  • O atleta abre os olhos e aplica uma fórmula positiva de autoafirmação, com por exemplo: “Estou me sentindo muito tranquilo e pronto para o trabalho”.

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Visualização

As técnicas de visualização podem ser divididas em quatro grupos:

  • Imagem de recuperação ou afirmação, na qual pode-se imaginar uma meta de reabilitação sendo atingida ou ainda imaginar um atleta conseguindo atingir todos os objetivos traçados;
  • Imagem de cicatrização, neste caso é preciso uma imagem que represente a capacidade efetiva do corpo de se curar como por exemplo a recuperação de um atleta com uma fratura, que passa a imaginar o fluxo sanguíneo chegando até a área lesionada e produzindo a cicatrização.
  • Imagem de tratamento, quando o atleta toma conhecimento dos mecanismos que ocorrem durante o tratamento e o atleta pode imaginar esses efeitos positivos acontecendo naquele momento da fisioterapia.
  • Imagem de performance, face a incapacidade momentânea de praticar o esporte naquele momento, o atleta pode visualizar imagens que simulem a performance específica, isso pode auxiliá-lo no treinamento de situações presentes em treino e competição e também ajuda a manter a confiança.

Então, esperamos que nenhum atleta se lesione e que os clubes possam ter cada dia mais profissionais competentes na preparação física, fisiologia, fisioterapia e nutrição dos atletas, mas pelo menos agora sabemos que caso ocorram quadros de lesão, nem tudo está perdido e pode-se colaborar e muito, mentalmente, com a recuperação deste atleta.

Até a próxima!

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