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Cresci assistindo futebol. Desde aos jogos dos amigos nas quadras das escolas, até aos do time do coração, pela TV. Às vezes, na infância, até arriscava chutar a bola na rua… o esporte, considerado “de menino” sempre me agradou… cresci com ele no coração. “Mas você sabe o que é impedimento?” e “Me fala então a escalação do seu  time” estão entre as frases mais ouvidas quando assumia o gosto pelo futebol  e aposto que você, mulher que está lendo esse texto, também já ouviu essas ou outras tantas frases que parecem diminuir nosso amor por um esporte tão lindo… mas tão masculinizado.

Hoje, para participar da Libertadores e da Copa Sul-Americana, os times são obrigados a ter ou a se associar a alguma equipe que tenha, também, uma equipe feminina. A notícia parecia boa aos olhos de quem lia as manchetes no jornal e imaginava que era a inclusão que o futebol feminino merecia, mas não. Não é inclusão, é obrigatoriedade. As equipes femininas estarão lá impostas, obrigadas, como na política que, muitas vezes, apenas ocupamos cadeiras para bater a cota de 30% de mulheres candidatas.  A mulher, no futebol, sempre foi vista com objetivação, não como componente.

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Cresci explicando o que era escanteio, berrando a escalação do meu time e me infiltrando nesse meio, muitas vezes, tendo que arrombar portas do machismo que, infelizmente, domina o futebol. Mulher é bonito no estádio, nos pôsteres de musa dos times, mas ainda restam dúvidas quanto à sua eficiência em campo e nos demais trabalhos que englobam o futebol… Teimosa que sou escolhi o Jornalismo Esportivo para a vida.

Teimosa que somos quebramos, a cada dia, barreiras e muros que insistem em dizer que o futebol é coisa de menino. Marta Vieira da Silva, a nossa Marta camisa 10, já foi eleita por cinco vezes como a melhor jogadora do mundo; nos gramados espalhados pelo país, vemos cada vez mais mulheres torcendo pelos seus times e não apenas como objeto de decoração; repórteres femininas repassando informações com eficiência e, claro, mulheres calçando a chuteira e fazendo bonito, jogando como mulheres.

Hoje, já não explico mais o que é escanteio, pois já não me perguntam… Futebol é coisa de menino, de menina, de homens e de mulheres. Futebol é coisa de gente feliz, que ri e vibra ao ver a rede balançar. Futebol é isso que trazemos no coração e que não distingue se o grito é masculino ou feminino… Mas e o nosso grito, como tem sido? Como temos enxergado a mulher no futebol?  Futebol não é obrigatoriedade, é amor. Assim, que a obrigatoriedade da equipe feminina nos clubes se torne o amor pelas mulheres nos gramados e que floresça, como grama verde após a chuva. Futebol é reciprocidade, homem e mulher.

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