Futebol: a unificação da mentalidade não deixa o resultado ao acaso (Parte I)

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Olá, sou Diogo Cardoso Santos e hoje começo uma jornada de grandes expectativas como colunista da Universidade do Futebol. Aqui neste espaço tratarei de assuntos relacionados ao processo de formação, mas não somente daqueles que fazem ou evitam os gols.
Entretanto, antes de começar a falar regularmente sobre este tema, contarei um pouco da minha história.
Posso arriscar em dizer que desde o meu primeiro chute em uma bola de futebol até a minha graduação em Ciência do Esporte na UEL em 2007, a minha concepção sobre a prática ou ensino do futebol não teve grandes mudanças. Todavia, ao abraçar uma oportunidade de realizar um mestrado em 2009 na Faculdade de Motricidade Humana em Lisboa, pude conhecer meios e métodos de ensino que realmente abriram meus olhos.
Com acesso irrestrito à um acervo fantástico de estudos relacionados ao futebol, apesar de me identificar totalmente com aquela mentalidade, me deparei com uma questão: será que isto realmente funciona?
Sim! Funciona! Não era uma receita pronta, mas sim uma indicação de como o processo de treino/ensino deveria ser levado, e durante toda a temporada 2010-2011 pude observar de perto, participando ativamente dos treinos, jogos e eventos para captação como treinador estagiário do U9 do Sporting Clube de Portugal. Naquele momento percebi que existiam executantes extraordinários da teoria tanto dentro como fora do campo.
De lá para cá, muitas ideias foram surgindo e a aplicação da teoria nos treinos foi melhorando. Seguramente, o período de trabalhos no Programa Atleta Cidadão em São José dos Campos foi dos mais enriquecedores e conseguiu reunir muitas partes num todo. Ali discutia-se como seria todo o processo (do sub-11 ao sub-20), rotinas e conteúdos de treino, abordagem durante o treino, aplicação adequada dos conteúdos e assim por diante.
De certa forma foi algo isolado. Quase dez anos após minha ida à Portugal, ainda não vejo aqui no Brasil um nível de produção massificado de conhecimento, e isto nos leva a encontrar trabalhos que deveriam ser sustentados por princípios pedagógicos sendo facilmente substituídos por valores imediatistas, desrespeitando o desenvolvimento saudável dos praticantes, sejam eles treinadores ou jogadores.
Por fim, uma obra deste perfil representa o nosso esforço em conjunto para abordarmos este tema de importância excepcional. Enquanto a mentalidade entre todos dentro de um clube não estiver alinhada, restará somente o resultado do jogo e isto é nocivo para todos os envolvidos no processo de formação.
O desafio agora é elevar o nível da discussão e mostrar que o talento também está fora das quatro linhas!

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