Você quer retranca? Você quer um time que ataque?

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Virou moda chamar técnico de retranqueiro. Fábio Carille teve que ouvir isso dos torcedores do Corinthians na semana passada após perder para o Independiente Del Valle. Quando Mano Menezes foi contratado pelo Palmeiras vários torcedores foram contra porque, segundo eles, seria trocar “seis por meia dúzia”, um “retranqueiro por outro” – a saber, Mano por Felipão.
É claro que torcedor não tem que entender profundamente sobre princípios e sub-princípios operacionais de jogo e nem sobre metodologias avançadas de treinamento, que fazem com que as ideias do treinador sejam assimiladas pelos jogadores e reproduzidas em campo. Mas reduzir todo um trabalho a partir de apenas uma fase do jogo – a defensiva, nesse caso- não me parece muito  justo e inteligente.
Para ficarmos nos exemplos de Mano e Carille, ambos já foram campeões. E nenhuma equipe é campeã se não tiver equilíbrio entre defesa, ataque e as fases de transição. Ter um setor da equipe mais predominante que o outro é fruto de várias possibilidades: melhores jogadores nesse setor, maior complementaridade de características entre eles ou até mesmo uma maior habilidade do treinador em trabalhar melhor determinada fase do jogo. Mas não é coerente taxar um técnico de retranqueiro ou até mesmo ‘ofensivo demais’. Ninguém ganha nada se não tiver um time equilibrado.
Mais uma vez, absolvo o torcedor que acha seu técnico ‘defensivo demais’. Entretanto, o jogo de futebol é muito complexo. Existem várias formas de defender, de atacar, de realizar as transições, de armar as equipes para as bolas paradas…qualquer trabalho minimamente bem feito tem seus pontos fortes. E fracos também, claro. Prefiro olhar o todo e não as partes separadas. Ninguém vai ter resultado positivo se for bom só em um momento do jogo. Seja ele ataque ou defesa.
 

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