Há algumas semanas, os rumores apontavam para a renúncia de Ricardo Teixeira à Presidência da CBF e do COL. Entretanto, somente há poucos dias, os boatos se confirmaram.
Muitas são as críticas à gestão de Teixeira, a maioria delas atinente a corrupção e enriquecimento ilícito. De toda sorte, sob o ponto de vista técnico, em 23 anos sob o comando dele, o futebol brasileiro conquistou duas Copas do Mundo, algumas Copas América e três Copas das Confederações.
Ademais, o tão sonhado Campeonato Brasileiro por pontos corridos tornou-se uma realidade. No entanto, nem tudo são flores. Para agradar as Federações, os deficitários Campeonatos Estaduais permanecem no calendário e os clubes permanecem com o “pires na mão”.
Muitos comemoraram a saída de Teixeira mas, pelo menos em um primeiro momento, nada deve mudar; eis que seus sucessores devem adotar linha semelhante de administração. O ideal seria que os sucessores convocassem novas eleições para conferir legitimidade ao novo Presidente que assumirá o comando do futebol brasileiro em um momento pra lá de delicado.
Ora, temos uma seleção que não convence, vamos organizar um Mundial e os atrasos permanecem. Isso sem contar o anseio dos clubes por uma nova organização do campeonato brasileiro. Fala-se, inclusive, na criação de uma Liga.
Dessa forma, o momento é de se ponderar os pontos positivos (sim, existiram pontos positivos) e negativos da gestão que se encerra, tomando-os como aprendizado a fim de que o futebol brasileiro possa se estruturar para definitivamente ser o melhor do mundo.
Aos torcedores, cabe fiscalizar esta transição e, se for o caso, acionar os dirigentes judicialmente, na forma do Estatuto do Torcedor que prevê, em seu artigo 37, até a possibilidade de haver sua destituição.
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