Em pesquisa recente da “Sport Business International” em parceria com a PERFORM e a Kantar Media Sport procurou identificar a relação de consumo dos fãs do esporte em relação às diferentes mídias em 16 diferentes mercados. O Brasil está entre estes mercados analisados.
O mais interessante é notar como o brasileiro consome esporte em meio digital de forma superior ou igual a muitos outros mercados mais maduros em termos de negócios. Por exemplo, o brasileiro permanece quase 80% mais tempo por semana em redes sociais consumindo conteúdo esportivo do que o público norte-americano (são 2,5 horas dos brasileiros contra 1,4 horas dos americanos).
Alguns números do Brasil que podem ser destacados:
– São aproximadamente 58 milhões de fãs do esporte;
– 90% dos fãs brasileiros acessam conteúdo esportivo online pelo menos uma vez por semana;
– 44% dos fãs brasileiros buscam notícias de esportistas locais;
– 45% dos fãs brasileiros assistem vídeos ou melhores momentos dos jogos pela internet;
– 46% dos fãs brasileiros compartilharam conteúdo de ídolos do esporte pelas redes sociais.
Enfim, elementos que nos levam a questão inicial: será que entendemos verdadeiramente o atual fã do esporte? Pergunto isso, pois, apenas a título de exemplo, continuo vendo que os projetos de comercialização de propriedades esportivas permanecem vendendo apenas as transmissões na TV como único ou maior ativo da propriedade – e, pior, as empresas comprando e ainda focando muito seu olhar sobre este tipo de retorno.
É redundante falar sobre a abrangência já consolidada da internet no país, que se soma a um potencial ainda enorme de crescimento. E o natural processo de segmentação, muito fáceis de se encontrar no esporte em virtude das diferentes características das modalidades.
Agora, é preciso estabelecer parâmetros mais coerentes no sentido de aproveitar todo esse potencial em favor dos negócios do esporte, passando a conhecer melhor o consumidor que está ali dentro e desenvolver melhores produtos para este público…