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O vazamento do áudio do lateral Rafinha, do Bayern de Munique, que fez duras críticas ao comportamento dos brasileiros do Shakhtar Donetsk após a vitória do clube alemão por 7 a 0 sobre os ucranianos há duas semanas é um claro indicador para reforço da reflexão sobre a forma com a qual os clubes no Brasil foram e promovem seus talentos. Mais sobre a repercussão do áudio estão em: http://goo.gl/iNlbrhhttp://goo.gl/vnRh9S.

Que o áudio é verdadeiro e foi assumido pelo autor, está claro e notório. Se era uma brincadeira, não cabe a análise para este contexto. O que é ponto passivo é que o caso merece uma reflexão bem mais profunda e guarda relação direta com a maneira com que o Brasil forma seus atletas.

O que mais preocupa é que, ano após ano, continuamos a formar “apenas” jogadores de futebol e não profissionais da modalidade. O comprometimento dos atletas brasileiros quando vão para a Europa destoa daquele observado, inclusive, em outros jogadores sul-americanos.

O comentário acima não se baseia em qualquer estudo científico, mas sim no depoimento frequente de treinadores e dirigentes que comumente relatam o antiprofissionalismo de muitos brasileiros, impactando negativamente, em um efeito cascata, sua performance e adaptação.

Para o caso do áudio do lateral Rafinha, a recíproca é verdadeira para os dois lados: serve tanto para o “denunciante”, em que podemos abordar as relações de gestão da sua carreira, quanto para os “denunciados”, que, pelo relato, apresentam comportamento destoante daquilo que se considera respeitoso em um ambiente profissional.

E como eu disse, isso tem tudo a ver com a formação dos atletas. TUDO! A preocupação latente no ambiente dos clubes brasileiros não passa pela formação do cidadão, embora o discurso pareça querer construir ou fazer com que as pessoas acreditem que exista.

Estudo a formação de atletas desde os tempos de faculdade e percebo que pouca coisa mudou. O resultado tangível é a desvalorização do atleta brasileiro em mercados mais importantes do futebol mundial. Nas entrelinhas, fica a diminuta afinidade da grande maioria destes mesmos atletas em processos de adaptação e respeito efetivo por seus pares no ambiente profissional.

Por isso, ao analisarmos a formação de atletas do futebol, o “Caso Rafinha” se soma a tantos outros. Também não podemos reduzir a explicação sobre a qualidade da formação de atletas aos últimos fracassos da Seleção Principal ou das Seleções de Base. A percepção deve ser bem mais holística, procurando distinguir claramente o impacto sobre tomadas de decisão em gestão que repercutem em cadeia no comportamento dos atletas e afetam sua performance. 

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