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Na medida dos meus limites, procuro a cada semana trazer neste espaço uma reflexão diferenciada aos nossos leitores, sobre os aspectos mais gerais do futebol.
 
Encanta-me a idéia de buscar novos olhares sobre esta modalidade esportiva que é no meu modo de entender, uma das mais significativas manifestações culturais do século 20 e ao que tudo indica será também neste século 21.
 
Nesta perspectiva participei de um evento promovido pela Universidade do Futebol juntamente com profissionais formados em história, antropologia, jornalismo, economia, marketing, educação física, geografia e direito, todos vindos de instituições universitárias reconhecidas, como USP, PUC e Unicamp, entre outras.
 
A idéia era debater, dentro de uma abordagem interdisciplinar, algumas questões do futebol, buscando, entre outras coisas, caminhos que apontassem para a superação de um modelo tecnicista ainda vigente na prática deste esporte.
 
Para aqueles que não estudam este assunto eu diria que tecnicismo é, em linhas gerais, uma visão que se apóia exclusivamente na busca de um conhecimento centrado na técnica. No futebol seria, por exemplo, o conjunto de conhecimentos tecnicamente necessários para a melhora do rendimento. Simplificando poderíamos dizer que, sob este ângulo, para ensinar futebol bastaria conhecer seus fundamentos técnicos, suas regras entre alguns outros poucos conhecimentos complementares.
 
O debate foi muito interessante e como não poderia deixar de ser o grupo interdisciplinar de profissionais envolvidos no evento conseguiu demonstrar a riqueza cultural e sociológica do futebol que permite infinitos tipos de abordagens.
 
O que surpreendeu, entretanto, foi o relato destes estudiosos de que mesmo nas discussões mais acadêmicas e científicas há aqueles (muitas vezes mestres e doutores) que resistem em dar ao futebol a sua devida importância enquanto fenômeno cultural.
 
Qualquer um tem o direito de não gostar de futebol. Até conheço alguns (poucos é bem verdade) que não gostam. Mas o difícil de entender é ainda encontrarmos professores, pesquisadores, intelectuais, enfim, que não consideram o futebol como uma instituição, patrimônio ou fenômeno cultural de destaque no mundo contemporâneo e que mereceria por parte desses estudiosos a atenção no sentido de se revelar alguns aspectos da alma humana.
 
 

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