O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, negou, em entrevista coletiva realizada há pouco no Salão Verde, que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, tenha feito pressão contra a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre fraudes no esporte.
A comissão, que pode ser aberta por deputados e senadores, terá como objetivo investigar o uso freqüente de clubes de futebol para acobertar crimes de ordem econômica, como o caso de lavagem de dinheiro envolvendo o Corinthians e a empresa Media Sports Investment (MSI).
O autor do pedido da CPMI, deputado Silvio Torres (PSDB-SP), culpou na semana passada Ricardo Teixeira pelo adiamento da instalação da CPMI, que já tem o número de assinaturas necessárias. Segundo o deputado, Teixeira teria usado como argumento que a comissão atrapalharia as negociações com a Fifa para o País ser escolhido como sede da Copa do Mundo de 2014 – a decisão será anunciada amanhã, na Suíça, e o Brasil é candidato único.
Chinaglia disse que não considera crível que a CBF tenha poderes de pressão sobre o Congresso Nacional.
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