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Deputado nega pressão da CBF contra CPMI sobre clubes

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, negou, em entrevista coletiva realizada há pouco no Salão Verde, que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, tenha feito pressão contra a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre fraudes no esporte.
 
A comissão, que pode ser aberta por deputados e senadores, terá como objetivo investigar o uso freqüente de clubes de futebol para acobertar crimes de ordem econômica, como o caso de lavagem de dinheiro envolvendo o Corinthians e a empresa Media Sports Investment (MSI).

O autor do pedido da CPMI, deputado Silvio Torres (PSDB-SP), culpou na semana passada Ricardo Teixeira pelo adiamento da instalação da CPMI, que já tem o número de assinaturas necessárias. Segundo o deputado, Teixeira teria usado como argumento que a comissão atrapalharia as negociações com a Fifa para o País ser escolhido como sede da Copa do Mundo de 2014 – a decisão será anunciada amanhã, na Suíça, e o Brasil é candidato único.

Chinaglia disse que não considera crível que a CBF tenha poderes de pressão sobre o Congresso Nacional.

Para interagir com o autor: lino@universidadedofutebol.com.br

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Romário é rei

A alcunha sempre foi usada para se referir a Pelé, o Rei do Futebol. Mas, desde que Rei deixou a coroa à disposição, ninguém foi tão Rei quanto Romário. Pelo menos no Brasil…
Na última semana, o Baixinho deu um show de mídia training para os jogadores que estão em início de carreira. Nunca um atleta, aos 41 anos, conseguiu chamar tanto a atenção da imprensa quanto o eterno camisa 11 do Vasco.
Em 2007, Romário conseguiu ressuscitar uma carreira que melancolicamente se encerraria. Primeiro, criou a história dos mil gols. A imprensa, ávida por notícias numa época em que os estaduais ocupam apenas as datas, mas não a mente e os corações das pessoas, viu na saga de Romário um prato cheio para o factóide.
Na última semana, mais um golpe de gênio de Romário: pela primeira vez o jogador tão conhecido pelo gosto de uma farra noturna e pela displicência com que encarava os treinos sentou-se no banco de reservas para comandar um time de futebol. Não tirou o Vasco da difícil situação na Copa Sul-Americana.
Mas causou frisson ao dizer que era preciso perguntar ao “treinador” se ele iria jogar. Romário recolocou o Vasco na mídia, recolocou os holofotes sobre si e, no dia seguinte, derrotado, deixou em aberto a chance de começar uma nova carreira,  não sem antes indicar o novo treinador do Vasco.
Romário faz parte de uma geração em extinção no futebol mundial. Não teremos nunca mais um jogador que seja tão competente dentro de campo e tão irresponsável no tratamento com a imprensa. Não dá para discutir a genialidade do Baixinho nos dois campos. Na mídia, ele dá uma aula de como se comportar, de como tratar a polêmica (a favor ou contra), de como enfeitiçar o jornalista.
O craque-problema está, hoje, fadado a ser substituído pelo “craque-assessoria”, aquele que só cumpre as ordens do empresário ou do jornalista que o assessora. O jogador tem sido fabricado com um rótulo insosso, algo meio que embalagem diet, zero caloria, mas também zero sabor.
Romário consegue, a cada semana, surpreender mais um pouco. Enquanto isso, vamos em busca de um novo Rei. Mas, na acepção do termo, será difícil, mas muito difícil, encontrar alguém tão bom em campo e que seja ao mesmo tempo tão polêmico, tão carismático e tão inteligente no trato com a mídia como é Romário.
Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Robinho são craques. Mas, infelizmente, na hora de falar com a imprensa, não passam de um produto diet. Bonitos por fora, extremamente benéficos à saúde, mas totalmente sem gosto…

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br

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Brasileiros que vivem na Suíça mantêm paixão pelo futebol

Os brasileiros que vivem atualmente em Zurique, na Suíça, deixaram o país do futebol, mas não perderam a paixão pelo esporte. Na cidade onde a Federação Internacional de Futebol (Fifa) anuncia na terça-feira se o Brasil será sede da Copa do Mundo de 2014, os brasileiros não deixam de se reunir para assistir aos jogos nas copas do mundo.
“É uma festa, tem batucada na rua, tudo fica verde a amarelo. Nos reunimos e é sempre uma festa, estamos sempre procurando uma razão para fazer festa e a Copa é uma”, conta Heloísa Marques, que tem uma casa de dança em Zurique, onde brasileiros se reúnem para dançar ritmos do Brasil.
Atualmente cerca de 45 mil brasileiros vivem na Suíça, de acordo com dados do consulado brasileiro. Para acompanhar os jogos brasileiros, é preciso assinar canais fechados de televisão. “Tem um pacote de canais brasileiros e a maioria dos homens assina por causa do canal de esportes”, afirma a carioca Vanessa Balestra, que se casou com um suíço e vive no país há quatro anos.
E os brasileiros que vivem em Zurique não gostam só de assistir ao futebol, também gostam de jogar. “Tem pessoas que se reúnem para jogar. A infra-estrutura aqui é excelente, todos os bairros têm campos”, afirma Severino Rodrigues, que está há quatro anos no país.
Anderson Santana mora em Zurique desde os 14 anos de idade, quando a mãe se casou com um suíço. O brasileiro trouxe com ele o entusiasmo pelo futebol. Santana jogou em clubes amadores da Suíça até que organizou com amigos brasileiros um time de futebol de areia que já chegou a ser campeão da Copa de Futebol de Zurique.
Ele conta que também não faltam as chamadas “peladas”. “Todo domingo temos um jogo que é mais brincadeira, fazemos um churrasquinho e jogamos. Fazemos torneios.”
Apesar de manterem a ligação com o esporte, apenas um dos entrevistados tinha ouvido falar sobre o evento de amanhã na Fifa, que terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de ministros e de governadores, além de dezenas de convidados.

Para interagir com o autor: manuelsergio@universidadedofutebol.com.br