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GOVERNANÇA NO FUTEBOL: DA CONFORMIDADE À TRANSFORMAÇÃO

Governança, uma palavra que até poucos anos era “estranha” no mundo do futebol. Aos poucos, felizmente, começou a ser falada e seus princípios começam a ser adotados de maneira mais consciente e deliberada por diversos atores do nosso ecossistema. Mas, afinal, o que é governança e quais são seus princípios?

A governança é um conjunto de práticas e processos que visam garantir que uma organização seja gerenciada de forma eficiente, eficaz, ética e em conformidade com as leis e regulamentações aplicáveis. Nesse sentido, a governança corporativa geralmente se concentra em garantir que qualquer organização esteja em conformidade com as normas e regulamentos externos e internos, além de proteger os interesses dos acionistas e partes interessadas.

Já os princípios que regem a governança são, segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC): transparência, prestação de contas, equidade e responsabilidade social. E é da combinação da definição do termo com estes princípios que vem minha provocação: será possível criarmos uma jornada de governança para o futebol brasileiro que comece pela conformidade, evolua para melhorar a performance das organizações e avance para criarmos a verdadeira transformação de todo ecossistema? Minha resposta é sim. O ponto de partida sempre será o cumprimento das normas e regulamentos internos e externos, que chamamos de conformidade ou, em inglês, “compliance”. Para o futebol, elas vêm desde a FIFA, Conmebol, CBF, Federações e governos até os documentos internos como o estatuto, as políticas e procedimentos. Mas, isso é o mínimo… quase uma licença para operar.

É preciso continuar a jornada da governança e irmos em busca de performance. Alguns exemplos são a definição clara de papéis e responsabilidades para permitir decisões mais ágeis e eficientes. O mapeamento dos riscos, definindo políticas e processos claros para redução de perdas e problemas de reputação. Além disto, quanto mais transparentes forem as organizações, maior será o nível de confiança que levará à atração de investimentos e melhores retornos.

Avançando, a governança pode também ser uma alavanca de transformação para o futebol desde a criação de comitês de inovação até os investimentos em transformação social. Nosso futebol carece de um olhar e de ações mais concretas para o humano. Afinal, somos essencialmente gente e não coisa. Somos uma indústria que atrai e engaja pessoas e famílias de todas as raças, crenças e classes sociais. E a governança pode definitivamente nos ajudar a cuidar deste potencial de transformação com o devido foco e valor.

Em resumo, é preciso começarmos a olhar a governança como um grande diferencial competitivo. É preciso incorporarmos seus princípios de forma mais estratégica e definirmos projetos com indicadores e metas que tornem todas as organizações mais atrativas, confiáveis e voltadas para um futebol verdadeiramente ético, inclusivo, sustentável e competitivo.

Texto por: Heloisa Rios | CEO Universidade do Futebol

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CONVITE PARA O CURSO DE GESTÃO NO FUTEBOL ESSENCIAL AO MERCADO!

Faça como diversas pessoas interessadas no mundo da gestão do futebol e tenha uma certificação diferenciada para a sua carreira de gestor no futebol. 

O MASTER 2023 COMEÇA AGORA!

Uma iniciativa organizada pela Federação Paulista do Futebol e Universidade do Futebol, com o apoio da LaLiga Business School.

Este programa provoca os alunos a pensarem e a criarem estratégias e processos no futebol de forma sistêmica, bem como as grandes e recorrentes questões da gestão de clubes de forma coopetitiva. Isto é, contempla a face competitiva dentro de campo e também a face cooperativa para tornar o futebol um negócio mais atraente para quem assiste, investe, trabalha e participa desta indústria.

Essa é uma oportunidade única de se aprimorar em gestão e liderança com professores experts que atuam em grandes clubes e empresas corporativas. Dá só uma olhada nesse time (esses são apenas alguns profissionais que já confirmaram):

 

*esses são apenas 20% dos professores confirmados, teremos muitos mais profissionais de grandes clubes e empresa trazendo insights e cases reais

Master FPF contempla 6 workshops presenciais e 14 palestras na FPF, além de palestras online internacionais e amplo conteúdo de estudo a distância na plataforma da FPF Academia, com o suporte educacional da Universidade do Futebol.

Você terá uma capacitação com muito networking, aprendizados através cases de diversos clubes do Brasil, Europa e EUA, debates, relações interpessoais e interclubes e um trabalho prático de elaboração de estratégia no futebol. Além do mais, você terá diversos conteúdos online para aprofundar ainda mais seus conhecimentos de onde estiver.

O curso é o modelo de capacitação e formação de dirigentes, gestores, líderes e interessados em trabalhar no futebol,  sendo inspiração e benchmarking para todos os centros do futebol brasileiro e internacional.

Leia alguns depoimentos de ex alunos sobre a importância do programa, o networking entre os dirigentes e o pensamento do futebol paulista como um todo.

“O objetivo do curso é promover uma reflexão em termos de analisar o sistema do futebol brasileiro, não só pensar no dia a dia prático do clube, mas analisar o produto de entretenimento que é o futebol.”

Bruno Pessotti – Gestor de Projetos e Futebol, Cruzeiro E.C.

“Acredito que primeiro é a capacitação, porque dentro de um clube, às vezes, você fica fechado dentro daquela função, dentro da sua diretoria. Aqui a gente está tendo a oportunidade de ter vários depoimentos diferenciados e isso é conhecimento que vamos agregando. A troca de experiência é sensacional, o networking é muito legal, e eu acredito que, à medida que o clube vai passando, você vai conseguindo se ver em algumas posições.”

Cleudimar Prado – Diretora do Futebol Feminino de Base do São Paulo

Não perca essa chance de se capacitar e se certificar com grandes instituições e profissionais.

 

Veja alguns depoimentos:

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As vagas são limitadas e terá uma análise de currículo. Quer fazer parte? Leia o ebook com mais informações e clique aqui no link abaixo para fazer sua inscrição:

 

 

Esperamos você!

 

UNIVERSIDADE DO FUTEBOL

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FUTEBOL NÃO É ÔNIBUS LOTADO


		Pessoas em ônibus lotado com celular

Ao contrário do ditado popular que compara várias situações com um ônibus lotado dizendo “quem está fora quer entrar e quem está dentro quer sair”, no futebol, quem está fora quer entrar e quem está dentro quer ficar. E são várias razões para esse fenômeno. Para mim, a frase que mais explica é: “Futebol, uma indústria de paixões e milhões.”

Na maioria dos casos, o interesse em trabalhar no futebol é diferente de todas as outras indústrias onde já trabalhei. O cenário que vejo no futebol reúne desde torcedores fanáticos, que querem ajudar e influenciar nas decisões do seu clube, a pessoas que veem nesse esporte um trampolim para cargos políticos ou de visibilidade e reconhecimento na sociedade. Há ainda os profissionais que sonham com oportunidades de altos e rápidos ganhos financeiros, e até uma parcela crescente de quem gosta de desafios e vê no futebol muitas oportunidades de carreira e impacto social.

Em todos estes casos, seja você um dirigente, executivo, gestor, médico, profissional de marketing, árbitro, supervisor, psicólogo, advogado ou tantas outras profissões, é hora de investir na capacitação e no desenvolvimento, pois o futebol está em plena transformação no Brasil e no mundo.

Essa indústria ficou anos “protegida” por estruturas e legislações arcaicas, como a lei do passe e a permissividade de governos que renegociavam dívidas infinitamente, privilegiando dirigentes e gestores incompetentes ou mal-intencionados. Além disso, o futebol sempre foi usado como plataforma política, o que fez com que até hoje os clubes e organizações estejam cheios de pessoas indicadas para perpetuação de poder e não, necessariamente, de pessoas com habilidades e competências para ajudar no seu crescimento rentável e sustentável.

A boa notícia é que, nos últimos anos, começamos a perceber avanços significativos em diversas áreas, que são consequência de fatores como a implantação da Lei Pelé desde 1998, do engajamento maior de outros atores do ecossistema do futebol, como os patrocinadores que passaram a exigir mais transparência e prestação de contas (Pacto pelo Esporte). Exemplos também de clubes que fizeram turnaround e clubes que desenvolvem e implementam estratégias diferenciadas com excelência e austeridade na gestão.

Soma-se a isso o aprendizado e consequências com a chegada das SAFs, as discussões sobre FairPlay financeiro, a introdução de diversas tecnologias e a adoção de mais governança e conformidade.

Porém, mesmo com tudo isto acontecendo, somente por meio de pessoas e profissionais que estejam preparados, trazendo habilidades e competências para liderar a modernização da gestão do futebol, teremos uma indústria mais ética, inclusiva, sustentável e competitiva. E, com certeza, investir em educação e formação será o grande diferencial para que elas conquistem seu lugar nesse ônibus tão disputado.

Texto por: Heloisa Rios