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Disputa de 3º lugar

Real Madrid e Barcelona foram eliminados da Uefa Champions League.

Um dia depois do outro, caíram os gigantes espanhóis.

Se houvesse disputa de 3º lugar na competição, o clássico os colocaria frente a frente, sob os holofotes.

Simbolicamente, os holofotes apagaram para os dois grandes times desta temporada.

Ambos são ricos, possuem equipes poderosas, estrelas de classe mundial, como Cristiano Ronaldo e Messi, sem citar outros tantos jogadores internacionais.

Mourinho, treinador conhecido como “Special One” que, dentre outras frases a ele atribuídas, diz que “não sou melhor que ninguém, mas ninguém é melhor que eu”.

Guardiola, incensado como consequência das vitórias e filosofia de trabalho incorporadas à rotina do Barcelona.

Havia gente que estava torcendo contra o Barcelona, pois não aguentava mais vê-lo ganhar jogos e títulos – e pra isso, até torcendo a favor do Real Madrid, reputado como o único a batê-lo.

Dois Golias. Derrubados por dois Davis – Chelsea e Bayern farão a final da competição européia na Alemanha.

Entretanto, quem realmente está em 3º lugar são todos os outros clubes do futebol mundial. Incluo Chelsea e Bayern.

Em que pese Barça e Real terem ficado pelo caminho, são exemplos de clubes bem administrados, globais, e que, dentro de campo, protagonizam o melhor do futebol mundial. Cada um com sua filosofia institucional bem demarcada.

O Barça aproveita melhor suas “canteras”. O Real forma jogadores que brilham em outros clubes.

Subir ao mesmo patamar institucional sólido dos dois clubes é algo difícil. Milan, Manchester United, Bayern, Liverpool ali estão.

Esse vigor é conquistado ao longo da história dos clubes, que ensina, em especial, nos obstáculos e nas derrotas.

A famosa declaração de Michael Jordan ilustra a fortaleza adquirida em tempos de derrota:

“Eu errei mais de 9000 arremessos na minha carreira. Perdi quase 300 jogos. Em 26 vezes, confiaram em mim pra fazer a cesta da vitória, e eu errei. Eu falhei uma vez, de novo, e outra vez na minha vida. E é por isso que eu obtive sucesso”.

Poucos são os grandes na história da humanidade, mas a todos eles é comum algo de ousadia, loucura, sabedoria e equilíbrio.

Em tempos de vitória ou derrota.

Que, segundo o provérbio budista, considera que “a flecha que atinge o alvo é resultado de cem erros”.

Poucos são os que atingem o alvo, e que podem atingi-lo mais de uma vez.

Barça e Real poderão.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br
 

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Os ensinamentos de Felipão e o desenvolvimento do cabeceio – parte III: atividades práticas

Queria destacar que nesta semana vamos chegar ao fim da trilogia “Os ensinamentos de Felipão e o desenvolvimento do cabeceio”. Pelo menos por enquanto…
Gostaria antes de mais nada de salientar minha satisfação com o retorno de vocês, leitores: foram muitas discussões e todas elas, de certa forma, me ajudaram a refletir sobre o jogo e tudo o que o envolve. Obrigado!
Peço desculpas àqueles que ainda não foram respondidos, mas fiquem tranquilos que darei o retorno.
Então, vamos lá!
Gostaria de abordar algumas atividades práticas para o desenvolvimento do “cabeceio”, que foi o grande fator gerador da discussão.
Como vimos, o cabeceio, em si, aparentemente não foi o único problema apresentado pela equipe, porém faz parte do processo desenvolver a ação com bola do jogador e é neste ponto que nos focaremos nesta coluna (atividades para a organização de bola parada podem ser vistas na coluna “As bolas paradas”. E em próximos textos vou abordar as transições).
A atividade proposta por Felipão (conforme descrição da matéria, a bola ficava presa em uma forca e os atletas tinham de saltar e efetuar o cabeceio) age nesse aspecto principalmente, porém, como a sua complexidade não é da mais elevada, a ação do treinador é fundamental para a criação de um ambiente adequado para o desenvolvimento da ação em si e, mais do que isso, que mexa com a intencionalidade do atleta e no ataque a bola em jogadas aéreas.
Abaixo, seguem atividades para o desenvolvimento da ação com a bola “cabeceio”.
Atividade 1
Tal atividade foi elaborada por Leandro Zago e, além de ser utilizada na base do Corinthians, é aplicada no departamento de formação de atletas do Manchester United.
Descrição
– Atividade de 2×2, em que o objetivo da equipe que tem a bola é fazer o gol na equipe adversária através de um cabeceio. Toda a linha de fundo da equipe se configura como o gol e a altura é definida pela máxima altura que os jogadores podem saltar. Para defender o gol, os atletas não podem usar as mãos, porém para levantar a bola para o cabeceio do companheiro as mãos podem ser utilizadas.
Regras e Pontuação
-Equipe marca ponto quando fizer o gol no adversário.

 
Atividade 2
Descrição
– Atividade de 5X5+Goleiro dentro da área mais dois “coringas” fora. O objetivo das equipes é marcar o gol no adversário após o cruzamento dos “coringas” que jogam para as duas equipes.
Regras e Pontuação
– Equipe marca 3 pontos se fizer o gol de cabeça após o cruzamento.
– Equipe marca 1 ponto se fizer o gol (sem ser de cabeça) após o cruzamento.

 
 
Atividade 3
Descrição
– Atividade de 11×11 + 4 “coringas” que ficarão no escanteio para a cobrança rápida. Jogo formal, porém toda a vez que a bola sair pela lateral no campo de ataque a equipe tem o direito da cobrança do escanteio do lado em que a bola saiu; como o “coringa” já está posicionado para a cobrança, as equipes precisam se organizar rápido para a cobrança.
Pode ser feito isso para faltas laterais ou mesmo frontais. Como as equipes têm pouco tempo para se organizar, a mesma deve ser utilizada em momentos mais avançados do processo.
Regras e Pontuação
– Equipe marca 3 pontos se fizer o gol a partir da cobrança de escanteio.
– Equipe marca 1 ponto se fizer o gol no jogo formal.

 
Chegamos ao fim da trilogia.
Vimos que a visão sobre o jogo influencia o treino.
Que o treino não é apenas uma soma de atividades.
Que o treinador transcende o método.
Método que é importante.
Mas não é tudo.
E que, no fim, temos muito que aprender ainda…
Até a próxima!
Para interagir com o colunista: bruno@universidadedofutebol.com.br

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Banco de jogos – jogo 4

A fração de segundo que envolve o comportamento da equipe na transição ataque-defesa é determinante para um bom desempenho de jogo dado os inúmeros gols que acontecem em transição ofensiva. Portanto, ter uma rápida mudança de atitude e assertivas ocupações de espaço tanto individuais como coletivas podem contribuir para a recuperação da posse de bola ou, ao menos, para o atraso da ação ofensiva adversária.

No jogo desta semana, cumprir bem as regras do jogo e, dessa forma, se aproximar da vitória, implica ter um bom desempenho após perder a posse de bola.

Jogo Conceitual em Ambiente Específico de Transição Defensiva

– Dimensões do campo oficial. ~ 100m x 70m;
– Campo dividido em 6 faixas horizontais (16m, 17m, 17m, 17m, 17 e 16m);
– Campo dividido em 4 faixas verticais (~17,5m);
– Formam-se, então, 24 quadrantes como o identificado na figura abaixo;
– Tempo de atividade, incluindo esforço e pausa, a critério da comissão técnica, em função dos objetivos desejados.

Plataforma de Jogo Equipe A (preta): 1-4-2-3-1
Plataforma de Jogo Equipe B (azul): 1-3-4-1-2

Regras do Jogo

1.Limite de 2 toques por jogador no campo de defesa e livre no campo de ataque;

2.Perder a posse de bola no campo de defesa e não recuperá-la em até 5” com o adversário mantendo a posse à frente do meio = 1 ponto para o adversário;

3.Perder a posse no campo de ataque e durante 8” para cada passe em que houver mudança de quadrante da bola e não houver a pressão de pelo menos 1 jogador no setor em que se originou o passe = 1 ponto para o adversário;

4.Perder a posse no campo de ataque e recuperá-la em até 5” com dois jogadores no quadrante em que estava a bola = 1 ponto;

5.Perder a posse no campo de ataque e recuperá-la em até 5” com dois jogadores no quadrante em que estava a bola e o restante da equipe em, no máximo, 3 faixas verticais e 3 faixas horizontais (com exceção do goleiro) = 2 pontos;

6.Gol = 10 pontos;

7.Pontuar na transição defensiva (regras 4 ou 5) + gol em até 10”= 20 pontos.

Assista aos vídeos com os exemplos de algumas regras:

Regra 2
 


 

A equipe preta perde a posse de bola no campo de defesa e não a recupera em até 5 segundos. Esta ação vale um ponto para a equipe azul.

Regra 3
 


 

A equipe azul perde a posse de bola no campo de ataque e durante 8 segundos há três passes realizados sem a pressão de pelo menos um jogador no setor em que estava a bola. Esta ação vale três pontos para a equipe preta.

Regra 5
 


 

A equipe azul perde a posse de bola no campo de ataque e a recupera em até 5 segundos com dois jogadores no quadrante em que estava a bola e o restante da equipe em até 3 faixas verticais e horizontais. Esta ação vale dois pontos para a equipe azul.

Regra 7
 


 

Após pontuar com a transição defensiva (vide regra 5), a equipe preta não recupera a posse em até 5” e, além disso, a equipe azul faz o gol em menos de 10”. Esta ação vale vinte e três pontos (2+1+20) para a equipe azul.

Para a gestão deste jogo aconselha-se, além do árbitro, a utilização de um auxiliar com a responsabilidade da análise, intervenções e contagem de pontos para cada uma das equipes. Para isso, a comissão técnica deve ter como pré-requisito a compreensão do jogar que se pretende atingir.

Bons treinos!

Para interagir com o autor: eduardo@universidadedofutebol.com.br

Leia mais:
Banco de jogos – jogo 1
Banco de jogos – jogo 2
Banco de jogos – jogo 3
 

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Ligas fortes estimulam o desenvolvimento do mercado esportivo

No próximo mês começará o Brasileirão [sem nome] 2012. O campeonato segue sem um parceiro de naming rights, mas isso não significa por si só uma deficiência no profissionalismo do futebol brasileiro. Com exceção da Barclays Premier League na Inglaterra, as principais ligas esportivas do planeta preferem adotar um modelo que engloba um grupo de parceiros em categorias diferentes para aumentar o bolo.

A decisão sobre qual modelo adotar envolve considerar condições do mercado e como a mídia trata o naming rights. Porém, algo que o naming rights de um campeonato sempre tende a refletir é a presença de uma liga forte. E liga forte não significa politicamente forte, e sim comercialmente forte.

Nas indústrias de futebol mais desenvolvidas, as ligas deixaram de ser operadas pela federação do país para serem administradas por oganizações profissionais. Podemos falar muito sobre a necessidade de os clubes se profissionalizarem, entretanto, para a indústria brasileira de futebol realmente se profissionalizar é preciso comecar pela liga.

Além de formar uma voz unificada nas negociações por direitos de TV e ter a liberdade para negociar patrocínios para o campeonato – tanto de naming rights ou múltiplos – que podem ser repartidos entre os clubes participantes da divisão, um dos maiores benefícios da liga profissional é o compartilhamento sistemático de informações entre os clubes.

O suporte aos clubes normalmente se dá por meio de uma extranet em que ficam disponíveis pequisas periódicas sobre torcidas, dados de transmissão de TV e exposição de marcas. Essas informações são cruciais para os clubes demonstrarem valor a potenciais parceiros. Além disso, os contratos fechados pela Liga com empresas de pesquisa permitem que o custo para cada clube seja seja muito menor do que se os clubes comprassem esses relatórios individualmente. Custo este que, normalmente, é coberto por uma parcela dos acordos individuais da liga.

No Brasil, a liga (Campeonato Brasileiro) é gerenciada pela CBF. Existe um bom número de profissionais competentes naquela entidade, mas não é novidade para ninguém que, como qualquer federação, uma série de interesses políticos giram em torno dela. O mesmo se aplica ao Clube dos 13, responsável pelos interesses dos maiores clubes do Brasil, mas que por própria definição consitui uma entidade política e não comercial/gerencial/administrativa.

A realidade do capitalismo demonstra que a melhor maneira de tornar uma organização mais eficiente é guiá-la em direção a uma crescente produção de bens, riquezas e resultados. Algumas pessoas podem custar a acreditar, mas com o futebol não é diferente.

A organização de um clube ou liga para a otimização dos resultados financeiros sempre levará inevitavelmente ao desenvolvimento do futebol como um todo, já que os resultados financeiros, se adminstrados de forma inteligente, podem ser reinvestidos em infraestrutura, programas sociais, jogadores e ultimamente em troféus.

Os resultados sempre falarão mais alto, mas para isso é preciso establecer um ambiente que liberte o potencial econômico do mercado. Os interesses políticos precisam ser deixados completamente de lado, permitindo que a única guia seja uma criação de valor para os clubes que se reflita em satisfação para o torcedor.

Mais importante que possuir um naming rights, é preciso que o Campeonato Brasileiro tenha uma liga verdadeiramente profissional. Esse avanço estimulará a cooperação entre os clubes e a disponibilidade de informações no mercado esportivo, permitindo que investimentos em patrocínios/parcerias sejam mais facilmente justificados, e estabelecerá uma liderança cujo objetivo é o desenvolvimento mútuo dos clubes.

A criação de uma liga verdadeiramente profissional e livre de influências políticas será o primeiro passo para a transformação da elite do futebol profissional no Brasil.

Para interagir com o autor: claudio@universidadedofutebol.com.br
 

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O novo Independência

Na última quarta-feira houve a reinauguração do Estádio Independência, em Belo Horizonte. Construído para a Copa do Mundo de 1950, o campo foi palco de três partidas naquele Mundial, dentre elas uma das maiores zebras da história das Copas, quando a seleção norte-americana venceu os ingleses pelo placar mínimo.

Durante dois anos a capital mineira ficou sem jogos de futebol, já que o Mineirão e o Independência estavam em reforma. Por esta razão, as equipes de BH estavam mandando os jogos na “Arena do Jacaré”, em Sete Lagoas (a cerca de 70 Km).

A reinauguração contou com a partida entre América e Argentinos Jrs e marcou também o centenário do clube mineiro, a despedida de Euller (“Filho do Vento”), a estreia de Gilberto com a camisa do Coelho e, ainda, os 50 anos da TV Alterosa, do Grupo Diários Associados.

O estádio, ou a arena, como preferem chamar, é extremamente moderno, possui banheiros com bom acabamento e cadeiras confortáveis. Uma surpresa positiva foi a presença de “assistentes do torcedor” nas entradas e em todas as fileiras instruindo os espectadores e informando a necessidade de assentar-se no local indicado no ingresso. Tais medidas demonstram atenção ao Estatuto do Torcedor.

Como crítica construtiva, destaco a dissonância das tonalidades de verde das cadeiras, pois, ainda que tenha sido proposital, não ficou bom e parece falta de zelo.

Apesar disso, o saldo é positivo e inicia-se a mudança de paradigma acerca da forma do brasileiro acompanhar eventos esportivos.

Sobre o resultado da partida: o América venceu de virada, por 2 a 1, com gols de Alessandro.

No mais, bem vindo, Independência! Benvenido, Independência! Welcome Independência! Willkommen Independência! Accueil Independência! Welkom Independência! Benvenuto Indepenência! Bonvenon Independência! Benvinguda Independência!

Para interagir com o autor: gustavo@universidadedofutebol.com.br
 

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Cidade-sede: Cuiabá

Dou início nesta semana, como relatado na coluna anterior, aos relatos técnicos dos estádios de cada cidade. Inicio já com uma cidade que a meu ver foi muito polêmica e talvez por falta de escrúpulos, já que trocou, repentinamente, o projeto com o qual conseguiu a vaga para ser cidade-sede por outro bem inferior. Mas, calma, vou mostrar o porquê dessa inferioridade.

Com recursos da linguagem, a justificativa da arena é baseada em palavras que não condizem com o projeto e que, infelizmente, conquistam opiniões errôneas. Trata-se de uma arena onde boa parte dela é desmontável. Inicialmente isso parece ser bom, já que muita gente acredita que a Copa nem deveria ser levada à Cuiabá – embora em discorde bastante disso por motivos democráticos e de lucros reais com o evento no Brasil através de transporte, cultura e promoção do país como destino turístico variado.

No entanto, investir o montante de R$ 454,2 milhões através do governo do Mato Grosso, sendo que muita coisa será retirada, ou seja, não ficará para a cidade, transforma o custo da arena em um desperdício enorme de dinheiro. Mas, claro, tem uma justificativa de que a Fifa exige demais e as partes “desnecessárias” e que a cidade não comportaria depois devido ao público médio ser baixo devem ser desmontadas. Ou seja, de nada vale o investimento da Copa para incentivar o esporte local. Fazer bons projetos com arquitetura de manutenção baixa também não é conveniente pelo jeito.

Mas vamos ao projeto e as características positivas e negativas do mesmo:

– Visibilidade:

Segundo o gráfico acima, as zonas em azul são consideradas de visibilidade ótima perante o padrão da Fifa. Já o pontilhado é o limite máximo de distância que um torcedor pode ter do campo. Portanto, a visibilidade do estádio é muito boa, vendo que somente os pontos mais extremos das arquibancadas atrás dos gols ficam próximos a este limite. O limite é baseado na capacidade de uma pessoa enxergar uma bola. Vendo pelo melhor lado possível, são estas arquibancadas que serão desmontadas, portanto, após o evento, a visibilidade será ainda melhor.

– Estrutura metálica:

Há algumas décadas havia um preconceito com o custo inicial de estruturas metálicas. Hoje são bem aceitas, visto que elas minimizam o tempo de conclusão da obra. Além de reduzir custos de mão de obra, facilitará para a organização da cidade para a Copa do Mundo, podendo mais facilmente conseguir concluir suas obras dentro do cronograma sem sofrer com a especulação da mídia internacional.

– Ventilação:

Já saliento que não sou especialista em conforto ambiental, mas na graduação temos uma noção da área. Abaixo, o gráfico (que não passaria de semestre) e uma foto do futuro estádio:

Como podemos ver na perspectiva, o elemento com brises (aletas direcionadas e responsáveis por barrar a incidência do sol) tem seu tamanho variável. Esta variação faz com que a entrada de ar quente, representada no gráfico pela seta vermelha, não seja cumprida ou sendo bastante minimizada ao longo da fachada, diminuindo conforme o tamanho dele aumenta. Portanto, a ventilação é falha.

Há a ventilação como o sistema nas laterais esquerdas de cada fachada, o que não ocorre no lado oposto. Se há a diminuição da entrada de ar quente, a seta em azul claro, representando o ar resfriado pela exaustão (em azul), também não funcionará da mesma forma, pois o ar não atinge os setores adequados. Há uma necessidade de um estudo horizontal, em planta, para ver se há alguma forma disso funcionar.

– Posicionamento do telão:

Não há muito a dizer. Como a estrutura atrás dos gols será retirada, de nada adianta colocar ali os telões. Mas reparem no local previsto para o mesmo na imagem abaixo: no gramado na “curva” do estádio. Não há lugar pior! Mas, até aí, não é dos piores equívocos do projeto.


 

– Implantação, segurança e acessibilidade:

A implantação mostra uma falta de cuidado de pisos para evacuação do local em casos de emergência. O ideal é fazer um sistema radiação de saída, para que as pessoas se espalhem em direções opostas em momento de pânico. Mas este não é o único estádio que não prevê nada neste sentido.

O ponto mais incompreensível deste estádio é a colocação de restaurantes e coperias na parte externa e não sob as arquibancadas. Eles negam o estádio e funciona como gasto extra, com edifício independente, sem criar vínculo com a imagem de estádio e que poderia valorizar muito mais seu espaço.

Legenda da foto segundo o Portal da Copa, baseado nas informações da GCP Arquitetos (autor do projeto): 1 – espelho d’água; 2- restaurante; 3- Choperias; 4 – Playground; 5- Escalinata; 7- Centro de mídia; 9- TV compound; 10- Hospitality Village.

*Quem tem interesse em saber o que é o 6 e 11? Ninguém, certo? E pra quê colocar o número 8?

** Na imagem acima, o Norte não é identificado, mas pesquisei e ele esta para esquerda.

Os estacionamentos parecem estar jogados no terreno, sem muita organização, e as saídas são poucas, o que pode gerar tráfego intenso durante a Copa e se for usado depois, também. O número 11 trata-se da parte de piscinas – mais um erro sob meu olhar.

O governo é famoso por seu descaso em relação a este tipo de equipamento público e o custo é grande – também não há motivo para não colocá-los sob as arquibancadas, nem que isso fizesse com que o revestimento externo do estádio fosse mais afastado. Seriam equipamentos mais profissionais, mais adequados ao público e com manutenção unida ao estádio, não isolada. Aí, sim, se tornaria uma arena multifuncional (múltiplas práticas esportivas), por exemplo, e não um complexo esportivo injustificável, com gastos isolados onde um não ajuda na sustentabilidade financeira do outro.

Acima, o desenho de piso, sem trabalho de fluxos e com vegetação aleatória e não direcional.

Na imagem acima, também podemos ver o que é a “escalinata”, no canto superior esquerdo. Uma afronta, sem dúvida, à acessibilidade. Infelizmente, são poucos os estádios que disponibilizam as plantas dos projetos; então está, por ora, difícil de analisar este ponto na parte interna do estádio.

– Sustentabilidade:

Colocar meia dúzia de árvores dentro do estádio não o torna, nem de longe, sustentável. Nem mesmo a mera captação de água da chuva. Pudemos ver que a ventilação não está muito adequada e o clima de Cuiabá é quente e bastante úmido. Portanto, era necessidade básica garantir a ventilação e conforto ambiental sem utilizar condicionamento do ar, ou compensando-o. Mas a Fifa não faz exigências rígidas, dá orientações de pontos a serem estudados, mas sem regras.

O Brasil, que queria ter uma Copa verde para potencializar os negócios futuros, perde, também por meio de
Cuiabá, por não ter soluções interessantes que chamem atenção para o tema.

– Usos e a remoção das estruturas:

Uma das justificativas para a remoção da cobertura e arquibancadas seria o uso da arena para feiras agropecuárias – um potencial para a região. No entanto, não é muito claro como isso vai acontecer. O uso do gramado para tal evento seria um absurdo contra o gramado e contra o futebol (atividade que deve ser a principal do equipamento), mas o acesso de maquinários é complicado se não houver mudança na fachada também, ou este será desmontável também?

São muitas questões, discursos vazios e projetos não muito detalhados. Espero futuramente poder ter acesso a materiais mais técnicos e não tão comerciais para conseguir enxergar além de palavras vazias e 3Ds bonitos.

Para interagir com o autor: lilian@universidadedofutebol.com.br

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Além do escudo: os clubes de futebol como marca

A definição de marca acompanhou a transformação de hábitos de consumo da sociedade e a evolução do mercado publicitário. Deixou de ser apenas “um nome, símbolo ou design que identifica o produto ou serviço de uma empresa” para ser “o que pessoas falam, sentem e pensam sobre seu produto, serviços ou empresa”.

Os casos mais bem sucedidos de empresas que nos últimos anos transformaram suas marcas em conceitos e experiências incluem Coca-Cola, Disney e Red Bull. Sua marcas vão muito além de sua logomarcas e conseguem despertar nas pessoas visões de alegria, magia e ação, tudo graças a ações publicitárias, conteúdo de mídia e ativações criativas.

Pense na marca de cerveja Skol. O que vem a sua cabeça? A seta vermelha rodopiando em formato de “O” ou a visão de verão, praia, gente jovem e amigos? Ou será que é a visão daquela tremenda ressaca que você teve no último churrasco? Sim, porque marcas também estão ligadas a experiências do consumidor.

Foi justamente definindo suas marcas e mantendo suas ações de marketing fiéis a conceitos estruturados que as principais organizações com foco no consumidor conseguiram estabelecer um relacionamento que vai além da simples compra para incorporar conceitos de fidelidade, advocacia e admiração. Com clubes de futebol não deveria ser diferente. Pelo contrário, o esporte proporciona valores experiências tão fortes que são capazes de fortalecer até marcas através da simples associação. O chamado patrocínio esportivo.

Porém, enquanto empresas se esforçam para agregar valores a suas marcas através do esporte, a maioria dos clubes brasileiros parece estar presa à velha definição de marca. De fato, me proponho a dizer que a maioria dos clubes brasileiros não possui uma verdadeira marca.

Imagino agora os protestos de alguns dirigentes: “o clube possui mais de 500 produtos licenciados, como assim não temos marca?”. Ou alguns especialistas financeiros dizendo: “li um relatório que dizia que o valor da marca do Corinthians era quase R$ 1 bilhão!”. Ou até mesmo alguns torcedores esbravejando: “meu clube é paixão, não é marca!”. Esses três argumentos exemplificam bem os equívocos formados quando tratamos de marcas de clubes de futebol.

1. Marca não é escudo

Toda marca possui símbolos que são registrados em seu nome. Com clubes de futebol não é diferente. Escudos, uniformes e até hinos são elementos de sua marca que podem ser licenciados. O símbolo do clube estampado em uma caneca gera receita para o clube, mas o que a construção da marca faz é garantir que o valor que eu atribua a essa caneca seja maior.

Licenciamento não constroi ou define uma marca, ele apenas explora símbolos do clube que podem ter mais ou menos valor para o consumidor dependendo dos atributos intangíveis que estejam associados à marca.

2. Marca não é valor econômico

Todo ano a BDO RCS publica seu estudo avaliando as marcas dos maiores clubes de futebol do Brasil. O estudo adota metodologia semelhante àquela aplicada pela empresa Brand Finance no mercado europeu e vem se tornando referência na avaliação do potencial comercial dos clubes brasileiros. Entretanto, a marca de um clube de futebol não é definida por dados financeiros históricos dos clubes ou informações sociais e econômicas de sua torcida. Marcas são definidas por elementos intangíveis como percepções, mensagens e ações.

3. Marca não é campanha

O torcedor está absolutamente correto. Na visão dele, o seu clube é paixão, e não marca. Porém, é justamente essa conexão emocional que torna a marca dos clubes tão poderosas, podendo obter níveis de fidelidade acima de qualquer produto comum.

Marcas refletem experiências. O escudo do clube representa para o torcedor todo o sofrimento e alegria que ele já teve seguindo o time. O equívoco neste caso está em como o clube explora essa paixão para tranformá-la em resultados.

Fazer campanhas pontuais, de curto prazo e cada vez explorando ângulos diferentes pode trazer resultados esporádicos, mas não contribui para a lealdade do torcedor (lealdade nesse caso não é torcer ou não para o time, mas sim a propensão para comparecer a jogos, acessar informações sobre o clube e comprar produtos).

Criar uma marca não é questão de sentar na mesa e escrever “somos um clube de tradição”. Em conversa com Esteve Calzada, ex-diretor de marketing do Barcelona, ele me contou que o clube demorou mais de 50 anos para definir seu slogan “Més que un clube”, e que mesmo assim a marca vem sendo gradualmente construída ao longo dos anos, se adaptando ao estilo de jogar do time e às ações fora de campo, como a parceria com a Unicef.

Trabalhando no Manchester City, tive o prazer de ver uma das maiores transformações já ocorridas em um clube no futebol mundial. A construção de uma marca que refletisse a história do clube e sua ambição, além de sustentar o crescimento tanto em torcida global, quanto em receitas, obteve prioridade máxima para a diretoria.

A definição clara da marca foi feita através de duas etapas: a primeira foi definir como o clube era visto por sua torcida e até mesmo por rivais. Um processo minicioso que envolveu a torcida e pesquisas de marketing, grupos de foco e análises históricas.

A segunda etapa envolveu dirigentes e pesquisas de mercado para definir onde o clube queria chegar e como queria ser visto. O resultado foi uma estrutura de marca que envolve definições como essência, personalidades, pilastras de suporte e representações.

No caso dos clubes brasileiros as marcas estão em muitos casos escondidas sobre uma camada de campanhas pontuais, esperando que profissionais de marketing esportivo qualificados a tragam a tona e colhem os resultados. Felizmente o recente ingresso de profissionais publicitários nos principais clubes brasileiros ajudará esse processo.

Cada clube brasileiro terá valores específicos que podem ser explorados de forma consistente, seja o Vasco com a sua história de luta contra a discriminação ou o Flamengo com a conexão com o “povão”. O importante é que o ângulo explorado seja legítimo e com base no potencial de diferenciação.

A marca cria expectativas. Ela define quem você é e como você opera. Em essência, a marca é uma promessa – uma promessa que precisa ser mantida. A experiência fornecida ao torcedor e ao patrocinador e à comunicação adotada é o cumprimento dessa promessa. Cabe aos clubes destacarem o que eles representam e utilizar esses valores para criar um relacionamento ainda mais profundo com o torcedor e seus parceiros.

Para interagir com o autor: claudio@universidadedofutebol.com.br
 

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Inconstância não é regra

Inconstância não é regra, não serve como parâmetro e não deve ser modelo a ser seguido. Primeiro, que o próprio nome já diz tudo, sendo sinônimo de instabilidade, variação, diversidade e por aí vai.

Contudo, a opinião pública, de um modo geral, ignora completamente esta prerrogativa. Trata resultados extraordinários como ordinários, tanto quando algum clube sobe ou desce de divisão ou mesmo faz uma campanha pontual com algum destaque.

Os casos mais recentes, de Ponte Preta, Guarani e Portuguesa, são os que mais saltam os olhos. Até dezembro, a Lusa (ou “Barcelusa”) era exemplo de gestão, por conta da campanha feita na Série B, que a trouxe novamente para a Série A. Hoje, pouco mais de quatro meses depois, críticas duras são feitas ao clube pelo rebaixamento no Campeonato Paulista.

Os tradicionais clubes de Campinas seguem uma máxima muito semelhante. Ponte Preta e Guarani vivem momentos de fama após alguns anos no ostracismo. O Bugre, mesmo, esteve mais próximo das páginas policiais ao invés dos cadernos esportivos – isto há pouco tempo.

Enfim, ficamos nos exemplos paulistas apenas para não ultrapassar o espaço desta coluna, mas a narrativa e os casos neste nível são vastos. Serve para reforçar que o conceito de gestão profissional é complexo, ao contrário do que muita gente pensa, e está longe de ser sinônimo de semifinal de campeonato ou resultado pontual em competições em um espaço curto de tempo.

Gestão profissional é fruto de um processo linear e constante. Tende a seguir um padrão ao longo do tempo. É, de fato, uma forma contínua de conhecimento interno e externo visando ao desenvolvimento organizacional no longo prazo.

Assim, como ninguém (ou poucos clubes) adota um modelo de gestão profissional, sendo que até mesmo os grandes clubes possuem dificuldade de a implantar de maneira perene, é possível, sim, imaginar que juntando alguns bons jogadores com um treinador que “grita bem alto” na beira do campo pode-se acabar conquistando resultados pontuais de expressão.

Mas não se espantem se os mesmos jogadores, com o mesmo treinador, forem rebaixados no ano seguinte. Aquele velho ditado serve muito bem: “em terra de cegos, quem tem olho é rei”.

O fato é que inúmeros fatores conduzem a um resultado extraordinário e o mesmo não está intrinsecamente ligado aos 11 (ou 30) jogadores e sua respectiva comissão técnica. Todas as vezes que temos o componente humano como o ponto central para que isto ocorra, a instabilidade está presente permanentemente. A forma de controlá-la (ou minimizar os sobressaltos) em um ambiente instável como o futebol é a partir de um longo processo de gestão, que abrace desde a parte técnica até a área administrativa e de negócios do clube.

Desta maneira, encerramos para dizer que pode ser verdade que os resultados extraordinários de hoje dos exemplos citados podem ser um indicador de início de um trabalho sério de profissionalização. Mas esta resposta só conseguiremos dar daqui a pelo menos 10 anos, que é um período razoável para a inserção de uma cultura de administração profissional. Aos colegas do Estado de São Paulo, será que conseguimos perceber este indício aí nos clubes citados como exemplo?

E que tratemos a inconstância tal e qual ela é: INCONSTANTE.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br

 

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Treino virtual: um dia nos prepararemos com o próximo adversário na semana pré-jogo

Na última semana, um dos assuntos mais comentados no mundo do entretenimento foi o show de rap com a participação especial de Tupac Shakur.

O amigo pode estar se perguntando se este colunista está maluco ou revendo se entrou no site certo. Mas, calma. Esse show tem uma peculiaridade.

O rapper Tupac, conhecido como 2Pac, morreu em 1996. Isso mesmo, 1996. E, não, esse texto não foi escrito há 16 anos. Mas agora, no mês de abril de 2012.

Agora, o amigo pode estar se perguntando que raios o colunista está falando de um show na semana passada de um cara que morreu há 16 anos numa comunidade que discute futebol.

O ponto de intersecção está justamente nas possibilidades tecnológicas que foram utilizadas para a realização do show, uma mistura de técnicas holográficas, com 3D e 2D, que permitiram aos espectadores uma sensação diferenciada de evento.

Convido o amigo a ver o vídeo para ter uma ideia de como foi essa sensação. É algo que impressiona.


 

Assim, gostaria de levantar algumas sugestões para a utilização desse tipo de recurso para o futebol. Afinal, tecnologia vem para atender nossas necessidades, mas também surge de devaneios e exercícios de imaginação.

E por esse lado fico imaginando como seria criar uma representação de um jogo que tenha ocorrido, ou uma simulação com base em atletas projetados, ou mesmo uma equipe projetada.

Uma coisa que fazemos em treinos, ou seja, tentar simular uma partida real. Talvez, com isso, poderíamos partir para um treino projetado com o seu adversário propriamente dito. Imaginemos um coletivo feito contra a equipe do Barcelona projetada.

Pode parecer distante, irreal, mas não creio que seja impossível. Falhas nesse primeiro momento podem ser encontradas, pois falaríamos em projeção de algo que já aconteceu – por exemplo, o Barcelona, num determinado jogo, perde a imprevisibilidade, a ação e a reação entre equipe e adversário, mas não podemos deixar que elas nos limitem.

Mas será que não teremos tecnologia para embutir de inteligência artificial essas projeções? Os videogames já fazem isso com certa facilidade.

Talvez seja possível criarmos um grande videogame com inteligência artificial baseada em projeções holográficas e base de dados estatísticos dos atletas, e assim seriamos capazes de criar um treino tecnológico, porém fiel a situações de jogo – ainda que o adversário seja virtual…

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br

 

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Beer Day

No sábado, acompanhei a 3ª edição do Beer Day em Curitiba.

Organizado por um amigo, proprietário de lojas especializadas em cervejas especiais, o evento contava com estandes de várias microcervejarias regionais e, também, de outros estados, como Minas Gerais.

Além disso, o público tinha à disposição ótimas opções gastronômicas – hambúrguer, cachorro-quente no estilo alemão, pizzas…

E, para animar toda a festa, algumas bandas de rock ocupavam o palco montado no estacionamento de um pequeno centro comercial da cidade, embora localizado num dos bairros mais nobres.

Cerveja e futebol formam um caso de amor antigo na história do futebol.

Não só pelo hábito que os praticantes amadores do futebol costumam exercitar nos churrascos pós-pelada, como também antes do jogo do seu clube, no próprio estádio, ou durante, nos bares ou em casa – já que, no Brasil, o durante o jogo está proibido por lei.

Lei essa que será “relaxada”, flexibilizada, adaptada – que não me ouçam, os colegas advogados e juristas, usando expressões de tamanha afronta ao Direito – para a Copa 2014.

Ao longo das últimas décadas, de grande evolução do marketing esportivo, grandes marcas de cerveja investiram no patrocínio do futebol – clubes e competições, sendo a Copa do Mundo Fifa a mais notória, bem como a Uefa Champions League.

Quem não associa o hino da Champions League à Heineken?

O novo diretor de marketing do Palmeiras, Sergio Pellegrini, também se disse entusiasmado com a possibilidade de o clube licenciar a fabricação e venda de uma cerveja que leve o nome do clube.

Sergio cita os clubes europeus, em especial ingleses e alemães, que têm pubs e cervejarias próximos aos estádios, além dos produtos licenciados vendidos em larga escala.

Logicamente que o tema evoca discussões sobre a suposta equação perigosa cerveja + futebol = violência.

Entendo que o reducionismo do problema prejudica a análise do que deveria ser feito verdadeiramente, em paralelo ao estado de vigiar e punir: educar.

Tive a oportunidade de conhecer um clube de primeira divisão na Irlanda, Bohemian Football Club, cujo estádio pequeno e antigo era fantasticamente acolhedor.

E sob, suas tribunas, havia três pubs que vendiam comidas típicas e também cerveja.

E, na área vip, senhoras serviam café com bolachas, o famoso Irish Coffee, com whisky para afastar o frio de cinco graus.

O futebol necessita resgatar essa dimensão humana do esporte.

Que em nada prejudicaria o lado business.

Ao contrário, mais e mais pessoas voltariam ou começariam a frequentar estádios, pubs e afins.

Consumindo, inclusive, a cerveja licenciada pelo clube, quem sabe dentro de um pub no próprio estádio.

Civilizadamente.

E recomendo a Double Vienna Lager pro inverno curitibano. Cerveja com gosto de limão. Impressiona.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br