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Conhecidos os mandamentos positivos e negativos do ícone que nos brinda com os títulos das colunas das últimas semanas, somados às diferenças entre a escola fundamentalista, de Buffett, e a escola técnica, chega-se a hora da tomada de decisão no que tange as estratégias operacionais de investimento.

Tendo como premissa que os riscos são inerentes aos investimentos, cabe ao investidor administrá-los, não simplesmente fugir deles.

O conhecimento das regras, processos e procedimentos do mercado onde se quer investir (ações ou futebol) é que funcionará como divisor entre o bom e o mau investidor na diversificação dos riscos, bem como boas práticas que se recomendam subjetivamente.

O primeiro passo é exercitar o autocontrole emocional. Não estamos, naturalmente, preparados para lidar com fortes emoções quando devemos tomar decisões, eminentemente, racionais. Deixar misturar dinheiro com o fígado poderá fazê-lo perder ambos.

Disciplina, convicção e estratégia são necessárias.

A convicção diz respeito à blindagem que se deve ter diante da enxurrada de informações, opiniões e análises, pretensamente de experts nos assuntos, sobre o que irá acontecer (na bolsa ou no futebol) amanhã. “Achismos” e opiniões descompromissadas não dão dinheiro a ninguém.

Uma boa estratégia de investimentos necessita eliminar a percepção do dia-a-dia, comprar e vender pelos motivos certos, captar tendências e monitorar preços.

Cotidianamente, as pessoas acham, adivinham o futuro, têm sentimentos, seguem amigos, dicas e previsões…

Deve-se comprar e vender pelos motivos certos. Pessoas perdem dinheiro em investimentos porque falta disciplina, falta paciência, não administram medo x ganância, agem por feeling e por impulso.

O bom investidor também sabe captar tendências. Fazendo a leitura apropriada dos mercados, percebe-se que o princípio da inércia ocorre neles também. Se um ativo está num movimento contínuo de alta ou baixa, provavelmente, irá continuar até que reverta o processo. A sabedoria está em encontrar o ponto de reversão.

Finalmente, saber monitorar preços. Preços sobem porque a força de compra é maior que a de venda. Preços caem porque a força de venda é maior que a de compra.

A rentabilidade de uma carteira de investimentos é determinada pela habilidade em comprar e vender, por antecipar os movimentos do mercado e pela seleção de ativos com maior potencial de apreciação.

Na tomada de decisão em investimentos, cabe ao investidor planejar e saber de quanto dispõe, o nível de assunção de riscos e escolher a estratégia de maneira convicta.

Não se trata apenas de exigir do investidor que saiba, ele mesmo, absolutamente tudo. Mas, como lembra o ditado, se você não sabe fazer sozinho, deve pagar para que alguém o faça por você.

No futebol ou na bolsa de valores. Em ambos, existe a chamada curva de aprendizado, e ela resulta do embate entre tempo, conhecimento e dinheiro investidos.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br

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