Samba na bola

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“Queremos uma troca. Ela vai ganhar com a exposição na mídia. Nós vamos ganhar por ela ser uma pessoa conhecida”. A frase foi dita por Wilson Vieira Alves, o Moisés, presidente da escola de samba Vila Isabel, ao Jornal “O Estado de S. Paulo” do último sábado. “Ela” é a atual Miss Brasil, Natália Guimarães.

Nos últimos anos, o Carnaval brasileiro (e especialmente o do Rio) tornou-se o principal produto de atração de turistas do Brasil. Não existe um evento que reúna tanta gente e que seja transmitido para tantos países como o Carnaval do Rio. Além disso, uma série de produtos licenciados com a marca da festa é vendida para os turistas que vão à cidade conhecer de perto esse espetáculo único.

DVD com os melhores momentos dos desfiles, CD com as músicas das escolas, réplica da Marquês de Sapucaí, pandeiro em miniatura… Tudo isso e mais um pouco está à venda para o turista que acabou de se apaixonar pelo samba.

Voltemos a Natália e Vila Isabel. Os personagens poderiam ser outros, mas o resumo da história é o mesmo. A junção de duas marcas conhecidas, famosas e respeitadas, gerando uma relação de ganho para os dois lados.

O marketing que invadiu e profissionalizou o samba no Rio ainda está longe de atingir em cheio outro produto de exportação do Brasil, o futebol. Em vez de trazer o estrangeiro para que ele conheça o país e se encante com algo que só existe por aqui, exportamos o talento, não nos preocupamos em formar novos artistas e, ainda, sequer mostramos ao mundo o que temos de bom por aqui.

Não existe um presidente de clube que tenha a consciência de que ter um grande jogador em seu clube representa não uma condição de patrão-empregado ou um ônus para a conquista de vitórias. É uma troca, uma parceria, uma relação que faça o clube e o atleta crescerem.

Ronaldinho Gaúcho é assim no Barcelona. Kaká é assim no Milan. Beckham foi assim no Manchester, no Real Madrid e é agora no LA Galaxy. Assim como no Carnaval brasileiro os artistas e as escolas se somam para se promoverem e promoverem uns aos outros, o futebol no restante do mundo faz o mesmo na relação entre clubes e jogadores.

Por que o futebol não aprende com o samba?

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br

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