A importância da concentração

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade
Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade
A psicologia já é uma realidade no dia-a-dia do esporte há muitos anos. No futebol, venceu a barreira do preconceito e se torna, hoje, fundamental para aqueles que enxergam a modalidade de uma maneira profissional, completa, integrada. Não é possível falar em equipe vencedora sem antes imaginar a presença de um psicólogo para auxiliar na preparação dos atletas.
 
Talvez só um psicólogo pudesse explicar o que se passou entre Carlos Alberto e Fábio Santos na concentração são-paulina. Ou só ele conseguisse evitar uma situação dessas dentro de uma equipe.
 
Felipão fez excelente uso, na Copa do Mundo de 2002, das informações de psicólogos sobre o perfil de seus atletas, sobre o que serviria como motivação para uns e o que seria contra-producente para outros. Mas fez isso do próprio bolso, depois de em vão tentar convencer a CBF a separar uma verba para um profissional da psicologia em sua equipe.
 
O psicólogo não é a finalidade numa equipe de futebol, mas sem dúvida pode ser visto como um meio importante para se alcançar uma vitória. Afinal, suas análises podem ser usadas para se saber quando um atleta corre o risco de desiquilibrar, para o bem ou para o mal, numa partida. E, principalmente, seu trabalho é o suporte para manter a equipe com o foco no jogo, no campeonato, no alcance de um objetivo.
 
E para quem acredita que, por ser um esporte coletivo, o futebol não necessita tanto da concentração absoluta de todos os seus jogadores, façamos um exercício de análise. Vou tomar como exemplo algumas partidas que aconteceram no país nas últimas semanas e que mostram o quanto o fator concentração interfere no desempenho de uma equipe.
 
O exemplo mais bem acabado é o Maracanazzo flamenguista na Libertadores. Fizeram tanta festa antes da saída de Joel que o time esqueceu que ainda faltava enfrentar o América mexicano. Resultado: humilhante derrota por 3 a 0 e queda na mais ganha oitavas-de-final da competição.
 
Mais ou menos o mesmo efeito sedativo que tomou conta do Palmeiras, em meio à disputa da final do Paulistão, contra o já campeão pernambucano Sport. Um 0 a 0 insosso dentro de casa e uma goleada fora: 4 a 1, com direito a olé e eliminação da Copa do Brasil.
 
O mesmo Sport enfrentou depois o Inter, pós título gaúcho com 8 a 1 na final sobre o Juventude. No primeiro jogo, no Beira-Rio, apenas 1 a 0, e a sensação de que o time não rendeu nada do que seria possível.
 
Situações que também ilustram o sentimento da importância da concentração dos jogadores num time foram as derrotas de São Paulo e Santos no final de semana de estréia do Nacional. Cabeça na Libertadores = derrota no Brasileiro.
 
Para alcançar a vitória, uma equipe precisa estar consciente do objetivo, ter a firmeza do que é preciso ser feito dentro de campo para isso. A psicologia ajuda. Por ela é possível saber o perfil de cada atleta, o atalho para deixá-lo concentrado em sua meta. Sem ela, tudo vira “achismo”, e a falta de concentração pode custar a cabeça de muita gente. Além da dor de cabeça no torcedor…
 

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br

Autor

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Share on pinterest

Deixe o seu comentário

Deixe uma resposta

Mais conteúdo valioso