Morrendo pela boca

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Renato Gaúcho assumiu publicamente a bronca de ser, como treinador de futebol, o mesmo cara polêmico e irreverente que era como jogador. Comprou a briga com toda a imprensa ao dizer que o Fluminense faria quantos gols fossem necessários para ser campeão da Libertadores.

O problema é que seus comandados fizeram apenas o necessário para levar o jogo para os pênaltis. Aí…

Renato morreu pela boca. Falou tanto antes que, ao final, só restou mesmo dizer que havia sido “nocauteado”. A derrota, em pleno Maracanã, após um primeiro tempo arrasador, um início de segundo muito bom e mais 60 minutos (entre o jogo estar 3 a 1 e encerrar a prorrogação) de pernas cansadas, revelou que técnico não é jogador.

Dos ex-grandes jogadores da história e bons técnicos do presente, Renato se mostra ser um deles. Por mais que se reclame das entrevistas com óculos escuros, do estilo marrento de ser, das polêmicas declarações, Renato mostra cada vez mais que sabe comandar uma equipe.

Mas agora, por falar demais, Renato começa a ser bombardeado pela opinião pública. Enquanto o Flu ia bem, dar entrevista de óculos escuros era “estilo”. Se o time ganhava tal qual ele prometia, era “carisma”. E Renato já começava a ter o nome ventilado para a Copa de 2014!!!!

Agora tudo mudou. Renato é infantil, não sabe separar o gramado da área técnica, ainda pensa que pode falar como quando era jogador, etc.

Mais uma vez a imprensa mostra que trabalha com o resultado. Sem o título, Renato se transformou em vilão. Seu estilo, até então elogiado, passou a ser visto como precipitado, fanfarrão, fora do padrão para um treinador de ponta.

Renato Gaúcho é excelente treinador. Teve ótimos resultados com Vasco e Fluminense, levou um desacreditado Tricolor do Rio ao vice-campeonato da Libertadores. Mostrou que sabe trabalhar tanto com um time mediano, como era o Vasco de dois anos atrás, quanto com uma equipe estrelar, como foi o Flu destes dois últimos anos.

Mas agora, infelizmente, a batata começou a assar. Corretamente o Flu priorizou a conquista continental para então começar a pensar no Campeonato Brasileiro. Renato já disse que colocará o time entre os quatro primeiros. Mas, até agora, ele é o primeiro dos últimos.

O estilo Renato é de continuar a falar que é possível. Mas precisa ver se a imprensa está madura o suficiente para ver o discurso como uma forma de motivar os atletas e tirar o foco de outras eventuais picuinhas que podem surgir. Se não, ninguém garante Renato até o final da temporada…

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br

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