Você acha bonito ser feio? Até as casas de apostas usam softwares baseados em análise de performance…

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Amigos leitores, começo me desculpando com vocês. Não gostaria de ser extremamente repetitivo, mas, tenho tentado trazer algumas questões que têm cercado nosso ambiente a partir de várias ilustrações do que vem acontecendo, tenho procurado novidades no mundo da tecnologia e futebol para trazer para vocês e propiciar um debate, uma discussão, a fim de aprofundarmos cada vez mais nossos conhecimentos acerca do tema.

Mas… Sempre há um porém… Ainda que alguns aspectos tenham notórias evoluções, sobretudo no quesito da tecnologia do espetáculo no futebol, o pessoal do marketing tem aberto cada vez mais a mente para as possibilidades tecnológicas em torno do show chamado futebol, lógico que em busca sempre da otimização (olha essa palavrinha de novo aí) dos lucros e das possibilidades mercadológicas, aumentando receita, consumo e assim sucessivamente.

Ainda assim, as pessoas que atuam no campo prático do futebol, cada vez mais, criam barreiras para manter-se distantes, e sabem o que é pior?… Acham isso o máximo, têm orgulho de tomarem tais atitudes. Dá vontade de perguntar mais ou menos aquilo que costumamos ouvir muito em conversas de alunos quando fazem brincadeiras entre si…Você acha bonito ser feio?

Eu, sinceramente, acredito que eles achem bonito ser feio. Essa minha revolta, caros amigos, pode seguir para vários rumos, mas ela germinou em cima de estudos que venho desenvolvendo sobre o campo de tecnologias de análise do jogo, de identificação de tendências, etc, etc.

E cada vez que buscamos desenvolver uma transposição para o campo prático temos de ouvir desses caras que acham bonito ser feio que essas coisas não se aplicam ao futebol.

Por quê? Que magia é essa que faz com que o futebol viva num mundo alheio, logo logo eles estão falando que essa crise econômica vai passar longe do futebol, porque o futebol é diferente.

Bom, vamos ser mais específicos. Minha indignação com tais pessoas do futebol germinou (ou diria que foi o que arrebentou minha úlcera imaginária) com base nessa onda de site de apostas que tomou conta do futebol em muitos casos com estouro de corrupção e máfias do apito pelo mundo, mas, cada vez mais, sendo normatizada e aceita como elemento do business futebolístico, seja patrocinando clubes, placas em estádios e outras possibilidades. Mas, não entrarei no mérito, pois não me considero um expert nesse assunto, que envolve desde questões jurídicas à questões éticas e de mercado.

Você pode se perguntar: e aí Eduardo, não entendi aonde você quer chegar, qual é a relação? Bom, é que esses sites de apostas entraram em meus estudos em dois aspectos diferentes nos últimos dias.

1.    Em matéria recente, a equipe cidade do futebol anunciou a reivindicação das ligas européias em relação as casas de apostas

2.    Tem aumentado cada vez mais estudos científicos, muito bem fundamentados, sobre tendências de vitórias baseadas nas escalações e nas ações de jogo

Essa crescente perspectiva, tanto do ponto de vista financeiro como do ponto de vista cientifico, refletem uma valorização desses aspectos, afinal, ciência, tecnologia e dinheiro, estabelecem diversas possibilidades de interação com infinitos propósitos positivos e negativos.

A questão é… Se baseadas em ações técnicas, táticas, baseadas em histórico de jogos, scout, analises de tendências e por aí vai, tais estudos têm surgido e ganhando valor no mercado, com softwares, sites de predição, etc… Por que ninguém no futebol pensa em analisar, adaptar, tirar proveito em relação a estratégias e planejamento de jogo?

Lógico que não podemos confiar cegamente num scout ou num relatório, mas se estudarmos possibilidades e confiarmos nosso planejamento em função de alguns elementos destacados por esses softwares e recursos tecnológicos, podemos diminuir as muitas “surpresas” que definem um jogo. O que falta ao futebol é os feios acharem bonito planejar, estudar, ainda que dê um pouco mais de trabalho.

O uso de dados, tendências, estatística, scout não é alheio ao esporte, sabemos que, na NBA, um técnico estuda para que lado o jogador gira e tem maior aproveitamento, com intenção de criar armadilhas e forçá-lo a ações pelo seu lado mais fraco.

E, convenhamos falar que futebol é algo completamente diferente do basquete, que a imprevisibilidade é maior, não é uma saída justificável. Basta vermos quanto tempo um jogador de futebol pode ter para desenvolver uma ação e quanto um jogador de basquete tem. Alias para desenvolver uma ação ofensiva eles tem 24 segundos no basquete, mas sempre virão alguns dizendo que no basquete é mais fácil pontuar, e blá… blá… blá.

Talvez se os feios do futebol resolvesse abrir a mente como abrem as pessoas do marketing, do bu$ine$$, do espetáculo e do financeiro futebol, talvez eles achariam bonito apostar algumas fichas em tecnologia e ciência.

Enquanto isso no que você aposta?

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br

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