Zezinho do Scout: O Fluminense descobriu como explorar os avanços do palmeirense Leandro?

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Olá amigos, como combinado, na última terça-feira de cada mês, sou eu, Zezinho, que apresento a coluna falando sobre o scout de um jogo acompanhado ao vivo, para ilustrar que informações poderiam ser extraídas no decorrer da partida. Na coluna de hoje vamos falar de Fluminense 3 x 0 Palmeiras.

Vamos começar pelo gol de falta polêmico de Carlinhos, (aos 14 minutos), identificando a situação do jogo nos 10 primeiros minutos, observando o que o scout nos mostrava como tendência, focando especificamente no que a equipe podia oferecer de risco.

Lembramos que, de acordo com nossa proposta de facilitar e ilustrar como veríamos o jogo com o auxilio do scout* no decorrer da partida, não vamos fazer uma análise aprofundada nos muitos quesitos possíveis. Vamos focar nossa compreensão naquilo que muitos defendem que devem exclusivamente  servir de parâmetros para uma análise, os gols.

Ainda que na minha visão uma finalização não convertida deva ser considerada tanto como outros fatores, que não só o gol. Isso porque entendemos que o fato dela não ter sido convertida em gol pode derivar de questões técnicas, questões psicológicas do momento, o que não muda a tendência e padrão ali encontrados sobre os riscos oferecidos.

Com a falta que originou o gol, o  Fluminense somava três faltas recebidas, sendo duas no Everton, indicando uma  provável dificuldade do Palmeiras em parar o atacante tricolor.

Quanto a circulação de bola da equipe, a exceção de Arouca que detinha um pouco da articulação das jogadas do Fluminense através de passes mais curtos, a equipe utilizava-se até então de bolas longas e da ligação direta a partir de seus jogadores com funções mais defensivas – Thiago Silva, Wellington Monteiro e Fabinho, os três responsáveis por 33% dos passes da equipe tricolor e pelos quatro lançamentos tentados até então (sendo três certos).

Vejam o fluxo de passe** dos primeiros 10 minutos, destaque para o volume de bolas saídas dos pés de Thiago Silva (nº 4) Fabinho (nº 5) e Wellington Monteiro (nº 7):

Lembrem que a jogada que originou a falta surge de um lançamento de Fabinho para Everton, uma tendência identificada, ainda que com poucos minutos de jogo.

Com 1 x 0 no placar, imaginamos que o jogo ia sofrer alterações, mantemos nosso foco ainda no que o Fluminense poderia oferecer de risco.

O segundo gol

Dos 15 aos 30 minutos, o fluxo de passes de jogo do fluminense mudou:

Nota-se uma modificação sensível com a participação mais efetiva do lateral direito Carlinhos. Aproveitando bastante os espaços deixados pelo lateral esquerdo Leandro, do Palmeiras. Sendo Carlinhos e Arouca quem se destacam na circulação de bola, responsáveis por 35% da organização do jogo, principalmente, com bolas longas para Everton Santos pela direita.

O terceiro gol

Os quatro minutos que separam os gols apresentam pouca variação, mantendo a tendência de jogo pela direita, apenas aumentando a bola passada pelos pés de Arouca e Conca, visando já uma cadência maior de jogo juntamente. São quatro minutos que consolidam a tendência iniciada após o primeiro gol e que culmina com o segundo e terceiro gol, lembrando que a finalização pela esquerda de Junior Cesar decorre toda de uma jogada que percorre o setor direito do ataque tricolor. Vejam o quadro do consolidado dos 15 até o final do primeiro tempo:

O gol do Fluminense surge de uma roubada de bola, insistindo na arma bastante utilizada (lançamentos para o setor direito, nas costas de Leandro), Arouca lança, jogada de Everton Santos, Leandro e Mauricio não conseguem fazer falta, expediente utilizado muito no começo do jogo para parar Everton, a jogada segue passando por Conca e finalizada por Junior Cesar entrando pela esquerda.

Todo esse desequilíbrio causado na defesa palmeirense ocorreu algumas vezes durante a partida a partir das jogadas pelo setor direito e lançamentos para Everton Santos.

Será que o Fluminense, achou a forma de encarar o lateral esquerdo Leandro, do Palmeiras, ou será que Luxemburgo sempre sofre com Everton Santos, afinal não é a primeira vez que ele dá um trabalhão ao técnico palmeirense.

Abraços,

Zezinho do Scout

* utilizando a Prancheta Eletronica da ScoutOnline

** cada jogador recebe uma cor, a linha da mesma cor indica para quem ele passou, e a espessura o volume de passes destinado a determinado jogador

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br

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