Dimensões tecnológicas na Copa de 2014: a comunicação

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Olá amigos, no texto de hoje vamos explorar a questão de infra-estrutura de comunicação dos estádios. Ressaltando e sendo extremamente repetitivo em nossos textos, mas, porque é preciso termos isso em mente: tecnologia é recurso e processo, depende de organização e aplicação direcionada.

As inovações tiram as pessoas de uma zona de conforto e geram receio, exigem um tempo de adaptabilidade, é um ciclo. Desenvolvem-se em cima das necessidades com intuito de facilitar e otimizar, causam o desconforto, a adaptação e assim chegam à maturação e consolidação do recurso e do processo até que sejam superadas por um novo ciclo.

Sobre comunicação nos estádios levantamos alguns pontos que consideramos necessários serem pensados.

Marketing e promoção

A comunicação é fundamental para interação com o público, foco principal dos patrocinadores e investidores.

Relativamente, as ações estão se aperfeiçoando, mas não podemos ficar restritos à placas publicitárias, os “namerights” por exemplo, já deveriam ter se consagrado mais aqui no Brasil. Mas aí, entramos numa questão complexa, uma discussão bastante batida, mas sobre a qual emitirei minha opinião.

É freqüente ouvirmos que não dá certo porque a imprensa acaba não divulgando o nome do patrocinador. Isso ocorre de fato, e tem suas razões comerciais. Mas, nessa gangorra de razão para ambos os lados, o prejudicado é o futebol, que necessita do investimento. Ora, mas como fazer isso funcionar se por uma lado fere os interesses de quem divulga e, por outro, isso ocorrendo não cumpre com as expectativas do anunciante?

É realmente complicado mesmo. Não tenho uma solução específica (gostaria, ficaria milionário com isso), mas, sinceramente, acredito que o nome do estádio pode ser utilizado em inúmeras outras formas de comunicação, por meio de ações diretas com o público-alvo.

Outros mecanismos podem ser aperfeiçoados e implementados nesse quesito como a comunicação móbile (via celular) com o torcedor, além de outras ações complementares, e nisso, confesso que fico completamente aficionado com o Superbowl do futebol americano, que, diga-se de passagem, foi espetacular no último fim de semana, inclusive no aspecto de jogo.

Exige-se de fato uma estrutura, implementação de antenas bluethof, mecanismos de organização de pessoas para montar e desmontar um palco de shows (sem comunicação propriamente dita, não é possível coordenação), e tantas outras que podem fazer parte, mas o principal é ter noção de que tecnologia não precisa ser um feixe de raio lazer e coisas flutuando, haja visto o pequeno time do Ibiza (Eivissa) da Espanha que, por meio de recursos tecnológicos e processo (olha eles aí mais uma vez) desenvolveram uma forma de colocar as paisagens cartão postais da cidade em cada número nas costas dos jogadores. Uma comunicação sem muito raio lazer, mas diferenciada. E tantas outras possibilidades se abrem.

Impressa

Na questão de imprensa, talvez encontremos um dos pontos críticos dos estádios brasileiros. Uma central de impressa adequada, com infra-estrutura que atenda tanto o volume de pessoas envolvidas quanto o volume de equipamento e recursos necessários para uma boa cobertura.

Agora, as coisas melhoram um pouco, mas me recordo há bem pouco tempo, quando minha freqüência nos estádios era as vezes superior a duas  vezes por semana, sentíamos falta, inclusive, de tomadas para ligar os aparelhos mais simples, o que falar da internet, então.

Jogo

A questão do jogo é, talvez, a parte mais carente de comunicação. E olhe que, no Brasil, o tal radinho/celular do técnico com o auxiliar lá na cabine é moda.

Mas relato que já ouvi de muitos profissionais da bola, que não adotam soluções tecnológicas no processo de jogo, sobretudo na questão de análise do jogo, porque não tem como efetuar uma boa comunicação com as pessoas que seriam destacadas para esse fim.

Ora, aqui deixo duas indignações:

Se é possível conversar com o auxiliar na cabine não é possível comunicar-se com outros membros responsáveis por outros tipos de informação? E porque não o próprio auxiliar acompanhar o jogo tendo como suporte um aparato que atenda as grandes necessidades de um treinador?

Será que a tecnologia que é oferecida para esses técnicos hoje é tão, mas tão sofisticada que é inviável implementá-la? Não creio que o que se oferece hoje por aí para os clubes de futebol não seja solução de fácil implementação frente às possibilidades e avanços da ciência. Ops, essa palavra (ciência) em muitos lugares, no futebol, é persona non grata.

Poderíamos discutir muitos outros exemplos, deixo para os amigos a possibilidade de avançarmos no tema.

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br

 

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