Oscilações mercadológicas

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O mercado de patrocínio é complicado.

Eu só não consigo contar nos dedos o número de produtos que eu tenho do patrocinador do meu time porque eu não tenho nenhum.

E não tenho a menor vergonha disso.

Compro produtos que me sejam úteis, de marcas que eu acho que me trazem benefícios, que eu considero acima do valor que eu pago. Não compro porque a empresa estampa sua marca no uniforme do meu time. Não mesmo.

E conheço um monte de gente que pensa assim. Aposto que você conhece também.

Por essas e outras que a plataforma de patrocínio é supervalorizada. A prova é nesses momentos de revisão de investimentos. Basta olhar por aí. O mercado está diminuindo, e bastante. E nada indica que vá melhorar no curto prazo. A tendência é que só os projetos mais pomposos sobrevivam. Para o futebol, isso é péssimo.

Clubes com maior expressão, principalmente – e talvez unicamente – os de São Paulo devem continuar a ser objeto de procura por empresas. A matemática é simples. São Paulo é disparado o maior mercado do país. Se você investir só em São Paulo, você aparece pro Brasil inteiro. Se você investir no Brasil inteiro, não quer dizer que você vai aparecer em São Paulo.

As evidências estão aí. Talvez 2009 seja o ano em que mais equipes começarão o Campeonato Brasileiro sem patrocínio. Muitos clubes argumentam que não querem desvalorizar o espaço, por isso preferem não receber nada a receber menos do que os contratos anteriores. No caso, muito menos do que os contratos anteriores. O problema é que o mercado de antes estava superestimado. Deve demorar um pouco para que mercados periféricos consigam voltar ao patamar do começo do ano passado. O mercado de patrocínio varia de acordo com o humor e a competitividade do mercado em geral. Por isso que ele é meio incerto.

E também é por isso que não é muito bom superestimar a sua importância. Se o futebol brasileiro fosse mais dependente das benevolências corporativas, como era jargão até pouco tempo atrás – talvez ainda seja, a já frágil estrutura do sistema estaria seriamente comprometida.

Basta olhar para o vôlei. Deu no que deu.

Parainteragir com o autor: oliver@universidadedofutebol.com.br

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