A nova mídia no esporte

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“O Keirrison não apareceu no treino. Também não me deu nenhuma satisfação. Mesmo se ele não for negociado, comigo não joga mais”.
9:49 PM Jun 26th from web

Duas horas depois…

“Não sou mais técnico do Palmeiras. Fui demitido por descordar (sic) das atitudes do Keirrison”.
11:51 PM Jun 26th from web  

Os dois trechos acima mostram bem como foi a “saga” da demissão de Vanderlei Luxemburgo do cargo de técnico do Palmeiras. Via Twitter, a nova mania da internet, Luxa foi do céu ao inferno como treinador do clube paulista. E, assim, iniciou uma nova era  na comunicação dentro do esporte no Brasil.

Luxa popularizou o “comunicado oficial” a partir do Twitter. Ao usá-lo como meio para dizer oficialmente sobre sua demissão do Palmeiras, o treinador deu o alerta para quem é do meio que o twitter pode ser uma excelente forma de comunicar apenas o seu ponto de vista.

O Brasil entra, agora, na onda que invadiu o esporte americano há cerca de um ano. Foi na abertura da temporada de 2008-09 da NBA que atletas como Shaquille O’Neal deram popularidade ao Twitter. Da mesma forma que Luxa, usaram a ferramenta para expor suas ideias e, assim, evitaram incômodas perguntas dos jornalistas.

No Brasil, verdade seja dita, o “percursor” da mania do Twitter foi Mano Menezes, impulsionado pela Nike e por sua filha, que é jornalista. O “Twitter do Mano” é um dos que tem o maior número de seguidores, e o treinador sempre que pode coloca alguma frase para incentivar o torcedor corintiano.

Mas foi Luxa quem mostrou como o Twitter é bom para o mercado corporativo. Ao escrever, em 140 caracteres, sobre sua demissão, o treinador dissipou qualquer outra pergunta de jornalistas, principalmente por conta do horário do “post”, às 11h51min.

Até o seu ex-patrão decidiu usar o Twitter como porta-voz da até agora malfadada contratação do novo treinador do Palmeiras. Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente do clube, tem usado o Twitter para deixar imprensa e, especialmente, o torcedor informado das negociações para o substituto de Luxemburgo.

As novas mídias conseguem ajudar, e muito, o esporte a se comunicar com as pessoas. O Twitter, pela praticidade que tem, tornou muito fácil a maneira de um atleta, um dirigente ou um alto executivo de uma empresa trabalharem com a internet.

Antes, sites oficiais e blogs exigiam, pelas características que têm, uma atualização constante do detentor das páginas. O Twitter permite que, em apenas 140 letras, o recado seja dado. E, mais do que isso, não exige a réplica e a tréplica de quem lê o que foi dito.

Grandes empresas já têm usado o Twitter para divulgarem suas ações de marketing. Na Fórmula 1, o “microblog”, como é chamado, virou febre entre os pilotos brasileiros, que com isso conseguem ficar mais próximos do torcedor.

O esporte carrega, em si, a força de apaixonar as pessoas. O Twitter aproxima, de certa forma, o ídolo do fã. E vira um belo anteparo para o assédio da imprensa. Sinal de novos tempos, em que a informação oficial é cada vez mais eficiente.

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br

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