Futebol, tecnologia e frases para refletir II

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Olá amigos,

No texto I deste título, trouxemos a colaboração de Abraham Lincoln, Alphonse Allais e Arthur C. Clarke.

Hoje, buscando, nas celebres frases, inspiração para discutirmos algumas questões presentes no futebol moderno, contamos com a colaboração de outro trio de grande relevância no cenário nacional e mundial: Rui Barbosa, Jean-Jacques Rousseau e Nelson Mandela.

Um dos grandes intelectuais brasileiros do inicio do século passado, Rui Barbosa, disse certa vez:

“A miopia intelectual é a mais constante geradora do egoísmo”.

Confesso que essa frase por si só ilustra inúmeras situações e desperta, em cada um dos amigos, uma infinidade de interpretações, mas, como o propósito desse texto é justamente apresentar-lhes algumas das interpretações, vamos à conexão que faço desta frase com o futebol e a tecnologia.

Sendo sempre enfático sobre a necessidade de entender tecnologia como processo, lembramos da gestão de conhecimento, meio extremamente necessário nos clubes de futebol e que conta com a tecnologia e suas diferentes possibilidades como uma grande aliada para se tornar uma eficaz ferramenta de gestão.

Entretanto, abre-se a questão do grande egocentrismo que envolve muitos dos profissionais do futebol, e, até certo ponto, do esporte em geral. Para que uma gestão de conhecimento seja plausível, mais do que tecnologia, mais do que projetos e processos, é preciso admitir que outras pessoas, e não só uma, detêm diferentes níveis de conhecimento que se complementam, e mesmo quando aparentam ser incompatíveis, o embate ajuda a encontrar uma solução mais completa e embasada.

A miopia a que Rui Barbosa se refere é muito peculiar quando nos lembramos das fases da infância, nas quais a criança se vê como o centro de tudo, e tem dificuldades de reconhecer terceiros como parte importante do mundo em que vive. Essa comparação, um tanto quanto impensada, pode denotar que a gestão e os processos administrativos no futebol estão ainda na sua fase de infância, talvez, tentando chegar à adolescência, quando há a compreensão mais complexa do mundo e das relações sociais, ainda que prevaleçam alguns pensamentos imaturos.

Essa ideia pode ser complementada pelas palavras de Jean-Jacques Rousseau:

“Geralmente aqueles que sabem pouco, falam muito e aqueles que sabem muito, falam pouco”.

Para justificar o egocentrismo e a tal miopia intelectual, as palavras servem de escudo, protegendo quem as proclama, porém, muitas vezes, podem acabar servindo de obstáculo, seja pela miopia de Rui Barbosa, seja pela cegueira de Van Gogh, que dificulta, mas não impede (no máximo tarda) a chegada de novos rumos na administração do futebol.

“Quando um cego grita para outro cego, os dois tropeçam na mesma pedra”, disse Vincent Van Gogh.

E para não parecer que achamos que a culpa é única e exclusivamente de quem está aí fazendo o futebol há tantos anos, nos reportamos à frase do inquestionável Nelson Mandela, que ilustra muito bem aquilo que penso sobre como a ciência deve olhar para o futebol:

“Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria linguagem, você atinge seu coração”.

Para tocar o coração do futebol, defendemos a ciência no campo, temos que transformar nossos sisudos discursos em uma linguagem que toque o coração dos “profissionais da bola”, uma linguagem que faça sentido e seja passível de trazer resultados. Mas, que resultados são esses…

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br

Leia mais:
Futebol, tecnologia e frases para refletir I

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