Gestão do conhecimento

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 Pela preocupação latente em reunirmos informações e dados fidedignos que possam retratar o desenvolvimento do esporte no Brasil ao longo desses próximos seis anos é que terminamos 2010 e iniciamos 2011 falando de conhecimento.

Neste conteúdo, para discutir um pouco os mecanismos a serem desenvolvidos para compilar tudo aquilo que for pertinente a Copa do Mundo de Futebol 2014 e as Olimpíadas e Paraolimpíadas 2016, ampliando a visão sobre o crescimento da indústria do esporte que direta ou indiretamente estará envolvido a esses “seres” ainda pouco conhecidos.

Gestão do conhecimento se refere a um conjunto de práticas usadas pelas organizações para identificar, criar, representar e distribuir conhecimento para a reutilização, conscientização e aprendizagem por meio da organização (Glick, 2007). O conhecimento é um recurso intangível que, se estiver dentro de um sistema eficaz de organizações de gestão do conhecimento pode favorecer o desenvolvimento econômico da indústria como um todo e das regiões de abrangência e atuação (Arias e Valbuena, 2007).

Baseado nestas citações devemos considerar três aspectos sobre a implantação de um “Sistema de Gestão do Conhecimento” a despeito dos megaeventos:

1.Sistema Híbrido: estamos lidando com a indústria do esporte, cuja abrangência transcende os seus próprios limites e engloba outras indústrias, tais como a construção civil, o turismo, o vestuário, a mídia dentre outras. As informações devem ser recolhidas a partir de uma visão do todo e não somente um olhar míope sobre os acontecimentos relativos ao esporte, atletas e suas modalidades.

2.Importação de mão-de-obra: já ouvi e li das inúmeras possibilidades de contratação de mão-de-obra do exterior que, aos olhos de um organizador de um megaevento de tais proporções poderia ser a tática mais conveniente e simples de se implementar, aproveitando o conhecimento de terceiros na realização de eventos análogos no passado. O questionamento sobre tal estratégia passa sobre o legado para o Brasil no futuro e de como seria possível desenvolver a indústria do esporte pós-2016. Se não aproveitarmos o momento para formar e utilizar novos agentes desportivos, em todos os setores, que outra oportunidade teremos para isso?

3.Projetos Setoriais: a Austrália, para as Olimpíadas de Sidney em 2000, chegou a elaborar um projeto de turismo esportivo pós-jogos, que nunca foi levado adiante ou devidamente aplicado. Os elementos-chave desse plano passavam pela coordenação entre as indústrias do esporte e do turismo, a parte de educação e treinamento, a regulamentação governamental, a infraestrutura, a avaliação dos benefícios econômicos e o monitoramento constante a partir de pesquisas científicas (Deery e Jago, 2005). Tal exemplo pode ser uma base para que façamos um plano e o mesmo seja devidamente executado como forma de alavancar diversos setores da economia nacional a partir de sua associação com o esporte e o momento esportivo para o país.

Na era do conhecimento não podemos prescindir de um plano fiel de gestão de todas as informações vinculadas aos megaeventos como uma plataforma fundamental para contribuir com o pleno desenvolvimento do esporte brasileiro – que tende a ser a década da maturação definitiva dos países emergentes no cenário mundial.

Bibliografia:

ARIAS, Astrid Jaime; VALBUENA, Carlos Blanco. (2007). La gestión de conocimientos en entidades de conocimiento: el caso de los laboratorios académicos y de las empresas de base tecnológica en Europa. Pensamiento y Gestión: Fundacion Universidad del Norte, n. 22, mar, p. 168-190.

DEERY, Margaret; JAGO, Leo Jago. The Management of Sport Tourism. Sport in Society, Vol. 8, No. 2, June 2005, pp. 378-389.

GLICK, Sally. (2007). What is “knowledge management” and how can marketing directors have a role in managing the knowledge in their firms? Practice Manager Forum, april, p.11-12.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br

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