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Caros amigos da Universidade do Futebol,

vimos nesta semana o caso das expulsões dos atletas do Santos em jogo válido pela Copa Libertadores da América de 2011. O que nos chamou mais a atenção foi o do Neymar, que, não tendo praticado qualquer ato que pudesse representar ofensa ao árbitro, adversários ou torcedores, acabou sendo punido com o segundo cartão amarelo e, consequentemente, com a expulsão do jogo.

E, de fato, o árbitro não errou. Ele simplesmente cumpriu a regra e a orientação da Fifa, que decorre da evolução histórica da entidade.

Com a evolução da comercialização do jogo, o órgão máximo do futebol mostra-se, a cada dia, mais preocupado em agradar seus parceiros comerciais. Essa é uma tendência de qualquer organização esportiva, a exemplo do que há muito ocorre nos Estados Unidos, mestres em agradarem os sponsors.

Com o passar dos tempos, algumas empresas conseguiram usar a imagem do futebol para promover suas marcas de forma gratuita. É o fenômeno hoje conhecido por “marketing de emboscada”.

Essa prática acontecia, entre outros momentos e locais, no ato do gol, momento máximo desse esporte. Jogadores levantavam os uniformes e mostravam mensagens de cunho comercial de empresas que não aquelas patrocinadoras oficiais do evento ou dos organizadores.

Para coibir essa prática, a única alternativa era punir aqueles que se envolviam com ela e sobre os quais os organizadores possuem alguma relação contratual ou institucional; nesse caso, os jogadores. Para tanto, incluiu nas regras do jogo que os atletas não podem utilizar nada que não for previamente aprovado pelos organizadores.

Essa norma consegue proibir a conduta indesejável, mas, por outro lado, pune um atleta desavisado que aparentemente não procurava promover qualquer ação de marketing de emboscada.

É por isso que os jogadores devem sempre procurar ler e entender todas as regras do jogo, para evitar prejuízos aos seus clubes. O jogo é hoje um negócio, e o Santos fora da Libertadores representa um grande prejuízo ao clube.

Para interagir com o autor: megale@universidadedofutebol.com.br

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