Doutor da Alegria

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O futebol brasileiro hoje derrama lágrimas e risos.

Nunca havia sido disputado um campeonato nacional tão eletrizante como em 2011 – seja na parte de cima, seja na parte de baixo da tabela.

Risos para os que foram campeões ou se classificaram para as competições internacionais.

Lágrimas para quem se foi para a Série B.

Mas a torcida corintiana – que, junto com a do Botafogo, sempre se diz predestinada aos desígnios dos mistérios da bola – teve um domingo especial.

Agridoce.

Comemorou seu quinto título brasileiro, no mesmo dia em que perdeu, talvez, seu maior ídolo. Ironia desse esporte das multidões.

Sócrates. O Doutor.

Se não fosse pela graduação universitária, assim deveria ser chamado pela nobreza técnica dentro de campo.

E pelo ativismo político-social fora dele. Enquanto jogava também, é bom ressaltar. Não apenas ao pendurar as chuteiras para vestir o jaleco.

A Democracia Corintiana, contemporânea do movimento para as Diretas Já, teve em seu DNA a participação de Sócrates, naquele movimento que se pretendia um microcosmo representativo dos anseios do povo brasileiro pela liberdade de expressão e organização política.

Levou toda sua capacidade de mobilização e pensamento crítico para fortalecer a Fundação Gol de Letra, da qual seu irmão Raí é instituidor, junto com Leonardo.

Ainda, fazia parte da ONG Atletas pela Cidadania, cuja missão era:

“Defender causas importantes para que o nosso país tenha um desenvolvimento social mais justo.

A estratégia é simples: aproveitar a popularidade e a credibilidade dos atletas para chamar a atenção e mobilizar os brasileiros, informando e agindo para todos vivermos numa sociedade melhor.

Cada atleta é admirado, respeitado e seguido como um exemplo de quem aproveitou as oportunidades que a vida ofereceu para batalhar pelas suas vitórias.”

O “Magrão”, como também era conhecido, conseguiu mobilizar e inspirar inúmeras pessoas ao longo de sua vida.

Mas, como tantos outros ícones do esporte, não venceu um dos demônios pessoais, que o levou.

Pelo menos, num domingo de futebol.

Com a faixa de campeão no peito.

A maior condecoração que o Doutor poderia receber.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br

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