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O anúncio de um novo calendário do futebol brasileiro a partir de 2013 feito pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, trouxe a tona uma das discussões mais afloradas que impactam diretamente a gestão dos clubes de futebol.

Quando no Velho Continente se debate a redução no número de jogos em detrimento da qualidade do espetáculo, por aqui, temos a previsão de ainda mais partidas, tudo em nome dos torneios Estaduais, que, ao contrário do que se diz, são rentáveis financeiramente para os grandes clubes quando estes chegam à reta final de tais competições.

Avanços como a volta da Copa do Brasil para as equipes que disputam a Libertadores me parece igualmente pertinente. A Copa do Brasil, aliás, era a única competição de que tenho conhecimento em que o campeão não poderia tentar repetir o feito no ano subsequente (com exceção, é claro, dos torneios que preveem acesso e descenso).

Enfim, penso que os próximos passos para evolução de um calendário digno, que respeite também os clubes de menor porte – e estes terão que passar a entender que deverão atuar por nichos, operando dentro de seu próprio mercado de abrangência – passam por colocar as competições estaduais dentro do sistema de competições nacionais, servindo estas como uma 4ª ou 5ª divisão do futebol brasileiro, sem prejudicar substancialmente as federações estaduais.

Os grandes clubes poderão encontrar os pequenos dentro da própria Copa do Brasil, bem como em torneios preparatórios, organizado pelas próprias federações e que potencialize a sinergia entre ambos.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br

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