Tecnologia e automatização: nem ver para crer, nem confiar cegamente

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Olá, amigos!

Trago para a discussão na coluna dessa semana uma reflexão sobre a automatização de alguns processos e os cuidados que temos de ter ao resistir ou aceitar tais adaptações e inserções na rotina cotidiana.

Defendemos o uso das tecnologias, sim, porém temos de defender seu uso com ciência e aplicação prática coerente com os requisitos que a modalidade exige.

Já mencionamos algumas vezes que não podemos esperar que um notebook possa realizar um passe ou ainda marcar um gol de cabeça. Porém, o uso dos recursos deve ser visto como agregador de informações, facilitador de processos, agilizando situações, aumento potencial de ação, e por algumas vezes, corrigindo nossas próprias falhas.

E é justamente nesse último aspecto que muitos criam sua resistência com o advento da tecnologia no esporte, por entender que queremos defender uma substituição do trabalho de um profissional por uma máquina.

Esse é um pensamento natural do ser humano acuado com o avanço tecnológico, porém, já superamos tais impactos e estamos maduros, ou deveríamos estar maduros suficientemente, para entender que não há uma substituição, e sim uma otimização do trabalho, mudando o escopo do mesmo, mas não substituindo-o.

Assim, para alimentar essa polêmica discussão, trago a seguinte nota:

A utilização de recursos de reconhecimento de padrões e construção de reportagens foi tema de uma reportagem sobre inovação e marketing. A revista Forbes tem causado grande discussão no meio através de um blog mantido pela empresa Narrative Science, no qual são transmitidas informações sobre a as ações na bolsa americana. Tais informações e notícias são totalmente escritas por um software de inteligência artificial, sem interferência humana…

A confecção automática das notícias tira, com certeza, de alguma forma, a personalidade da escrita, dos sentimentos que podem ser impressos de acordo com o momento e as sensações, mas é por um lado uma facilitação do processo quando se buscam informações, nas quais o dado é mais importante que as emoções.

E, ainda, abre espaço para a criatividade para gerar textos variáveis, uma vez que o que o software fará é combinar banco de dados com informações pré-estabelecidas.

Trazendo isso para o futebol, vejo algo interessante no avanço de leitura de informações. O tempo que é gasto atualmente em busca de informações e na preparação destas para serem interpretadas é muito grande ainda.

Imagine o quanto ganharíamos em qualidade se todo esse trabalho fosse automatizado, e o tempo que o profissional gastaria em coletar e tornar apresentáveis tais informações fosse gasto em efetiva e aprofundada análise?

A tecnologia pode causar polêmicas, não resolve as coisas para nós, mas possibilita-nos tornar situações mais eficazes. Assim, o futebol poderia, de fato, compreender que informação sem o ser humano não é conhecimento; porém, quanto mais acesso às informações e de maneiras mais práticas, maiores as possibilidades de se desenvolvê-lo.

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br
 

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