A Universidade Corporativa e o futebol

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As discussões sobre futebol são infindáveis. Distintos olhares, diferentes perspectivas e opiniões frequentemente proporcionam a interpretação do produto final de um clube, o nível de jogo de futebol apresentado, de inúmeras maneiras.

Exemplificando, para uns, o nível de jogo apresenta limitações físicas; para outros, o problema da qualidade incide na deficiência das finalizações. Se considerarmos, dentro de um mesmo clube, para o mesmo jogo, ainda encontraremos opiniões como: a equipe tem muita garra, erra muitos passes, marca errado, movimenta bastante, faz poucos cruzamentos, etc.

Num olhar fragmentado é usual o nível de jogo apresentado se restringir a um ou outro elemento que generaliza o desempenho. Porém, diversos estudos nos apontam que a performance esportiva é, e sempre será, multifatorial.

Uma vez que sabemos o quão conflitante é discutir a modalidade e que inúmeros são os fatores que afetam o desempenho, qual solução deve ser encontrada pelos clubes para promover um ambiente de discussões favorável ao crescimento profissional de seus colaboradores? Tal crescimento profissional e, consequentemente, da instituição, possibilita um alinhamento de conceitos que, se bem conduzidos, favorecem a construção do futebol moderno, praticado por clubes de elite do futebol mundial.

A solução reside na formação de grupos de estudos propostos pelo gestor da área técnica do clube, responsável pelas diretrizes de trabalho das categorias iniciais (sub-11, 12 e 13) ao profissional. O conceito de capacitação continuada, aplicado em muitas empresas, precisa ser estendido ao futebol.

Vejamos algumas reflexões que apontam para esta questão independentemente do cargo que você ocupa:

O investimento em formação está cada vez mais frequente, no entanto, será que todos os profissionais de sua instituição enxergam cada jogo de futebol de maneira semelhante?

O clube já tem definido um projeto de futebol? Cada categoria possui conteúdos norteadores para o desenvolvimento do trabalho ou fica a critério de cada comissão qual Jogar será construído.

O técnico da categoria sub-17 do clube tem ciência daquilo que está sendo trabalhado na categoria anterior?

O clube pratica uma discussão multidisciplinar sobre o desempenho de cada um dos atletas inserido no projeto?

Como os profissionais do clube lidam com os constantes avanços tecnológicos e ferramentas que permitem uma análise precisa do desempenho da equipe?

O clube capacita seus treinadores para a difícil tarefa de gerenciar pessoas?

Existem discussões formais sobre cases de sucesso que podem ser estudados e interpretados para analisar elementos que sejam adaptáveis à realidade do clube?

O clube possui uma bibliografia básica que todo funcionário da área técnica deve ter acesso para sua atuação profissional?

Existe um procedimento de capacitação das diferentes funções de uma comissão técnica, de modo que se mantenham as especialidades, mas que amplie o olhar global para o jogo?

Estas são apenas algumas questões que, se respondidas, podem mostrar o cenário atual de capacitação dos gestores de campo. Seguramente, o clube que conseguir colocar em prática o incentivo ao estudo, as discussões construtivas e ao alinhamento de opiniões dará passos significativos à sustentabilidade.

A vantagem competitiva é pré-requisito para o sucesso esportivo. Para alcançá-lo, está cada vez mais difícil consegui-lo sem capacitação. A capacitação específica de um clube não está nas salas de aula das universidades e tampouco no empirismo da prática repetitiva. Que cada clube de futebol defina suas metas e encontre seus caminhos para alcançá-las.

O caminho da educação continuada pode até ser o mais demorado, no entanto, quem vai mais devagar geralmente vai mais longe.

Abraços e até a próxima semana.

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