Sim, é possível acabar com a violência no futebol!!!

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade
Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade

O campeonato brasileiro de futebol acabou, mas as imagens que ficaram na memória em nada lembram a beleza do esporte. As imagens mais marcantes (e aterrorizantes) foram as lamentáveis e chocantes cenas de violência ocorridas na Arena Joinvile, na partida entre Atlético PR e Vasco da Gama.

O jogo de empurra-empurrar recomeçou. Na segunda pela manhã o “achismo” começou a tirar da cartola uma série de soluções. A necessidade de uma resposta imediata fez a presidente Dilma falar na criação de uma Delegacia Especializada na proteção do torcedor. Entretanto, poucos foram os estudos e/ou medidas efetivas para solucionar o problema.

Causa-me surpresa ninguém sequer mencionar o “Report Taylor”, um estudo realizado na Inglaterra no final dos anos 80 e que foi responsável por, praticamente, extirpar dos gramados ingleses a violência dos hooligans.

Percebe-se que no Brasil escolhe-se, ao sabor do vento, vilões. Primeiro foi a bebida alcoólica. Retiraram a bebida alcoólica e a violência ficou. Depois as punições desportivas. Clubes foram condenados a jogar em outra localidade, mas a violência ficou. Agora, apesar da inconstitucionalidade, fala-se em extinguir todas as torcidas organizadas. Nesta improvável hipótese, a violência permaneceria.

Ora, é indispensável a realização de um estudo que busque atacar as causas do problema. “Report Taylor” acima citado apontou questões que até hoje não foram sequer aventadas no Brasil, como a humanização do torcedor com a melhora das condições dos estádios; a punição rápida e efetiva aos torcedores violentos; ou medidas didático pedagógicas.

Aliás, quase não há incentivo ou oportunidades para aprofundamento no direito desportivo. Não existem cursos de mestrado ou doutorado na área e há poucas especializações ou cadeiras da matéria nos cursos de direito.

Ou seja, resta a opção de buscar conhecimento no exterior. Entretanto, o programa “Brasil sem fronteiras” não abrange a área de humanas, restando aos interessados a busca do conhecimento com recursos próprios. Não obstante isso, a busca de conhecimento no exterior é desestimulada pelo MEC que cria uma série de dificuldades para o reconhecimento da titulação.

Urge destacar que a criação de Delegacias não resolve o problema da violência, basta observar que existem delegacias de homicídios, furtos, etc e a criminalidade permanece em curva acendente. O Poder Público brasileiro parece mais preocupado em apresentar uma resposta popular à sociedade do que em resolver o problema.

Infelizmente, diante de tudo, as perspectivas não são boas e corrermos o risco de, em 2.014, a violência no futebol continuar sendo um assunto recorrente nas páginas desportivas.

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Share on pinterest

Deixe o seu comentário

Deixe uma resposta

Mais conteúdo valioso