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Um dos três melhores jogadores da Copa de 98, quando ele foi vice.

Um dos três melhores jogadores da Copa de 2002, quando ele foi penta.

Poderia ter sido tetra, em 1994, não fosse um mau semestre pelo Corinthians.

Coisa que aconteceu na vida dele, de qualquer brasileiro comum, simples, modesto, humilde. Como ele foi mal em 96, na Olimpíada, em Atlanta. Depois de ralar a bola pelo espetacular Palmeiras do primeiro semestre daquele ano.

Quando se criou a bobagem de que ele não era na Seleção o craque que foi pelos clubes onde passou.

Melhor do mundo em 1999 pelo Barcelona, era detonado mesmo brilhando pelo Brasil, como nos 4 a 2 contra a Argentina, em Porto Alegre.

Quando não vinha bem, era cobrado mais que o normal. Como foi xingado no Morumbi, em 2000, na estreia de Leão na Seleção. Ele não foi vaiado. Foi xingado! No estádio onde brilhou pelo Mogi Mirim, de 1992 a 1993. Pelo Corintthians no segundo semestre daquele ano, onde até de libero atuou.

Como venceria quase tudo pelo Palmelras, de 1994 a 1996. Quando foi para o La Coruña fazer temporada tão boa que fez com o Barça por ele pagasse a multa rescisória e ganhasse um jogador especial. Como centroavante do Santa Cruz na Copa SP de 1992. Como meia, quase ponta do ótimo Mogi de Vadão. Como tudo pelo Palmeiras e pelo Barcelona. Pelo Brasil de 98 e 02. Trocando de posição. Nem sempre jogando na dele. Mas sempre na dele. Impondo-se pela bola. Mais que pela boca.

Como disse meu amigo Menon: muitos têm carisma. Nem todos têm caráter.

Rivaldo tem. Craque de caráter. Homem de palavra. Humildade como deve ser – virtude. Vontade de jogar bola admirável como a técnica, a capacidade tática, a superação física.

Não conseguia parar. Não conseguia fazer o que anunciou neste sábado. Parou de jogar como profissional. Porque um cara de espírito amador jamais vai parar. Ele ama. Nunca será esquecido.

Rivaldo, obrigado pelos dribles, lançamentos e gols.

Rivaldo, obrigado por resolver jogos difíceis. Dinamarca-98. Bélgica-02. Inglaterra-02.

Obrigado por simplificá-los.

Obrigador por me fazer gostar ainda mais de futebol. Da Seleção. Do Palmeiras.

Nestes 24 anos de jornalismo esportivo, foi ótimo conhecer pessoas mais que ídolos como você.

O mesmo magrelo que vi no Sub-20 do Santa Cruz é o mesmo craque que está no Top-10 das Copas.

É você, Rivaldo.

Sem rival.

 

*Texto publicado originalmente no blog do Mauro Beting, no portal Lancenet.
 

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