Felizes 7 a 1

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A Pátria e a identidade nacional são fundadas através de elementos singulares, história, mitos, lendas e tradições. Na Catalunha e no País Basco, seus idiomas estão ao alcance de todos e expressam populações por séculos reprimidas. No Uruguai, por analogia o mate e o doce de leite são patrimônios.
Uma das instituições máximas de qualquer nação é o Exército. Ele defende e protege um povo, ou seja, o representa. Seus logros são também – simbolicamente – os de todo um povo. O Exército Brasileiro foi fundado na história da união das raças (o índio, o negro e o branco) para a expulsão dos holandeses na Batalha dos Guararapes, em 19 de Abril de 1648 (também Dia do Exército).
Coincidência ou não, durante o século passado, o futebol alcançou grande popularidade. As publicações de Gilberto Freyre sobre a nação brasileira, fundada na mistura das raças, caíam no gosto dos intelectuais das principais cidades da República. Ao mesmo tempo o Brasil fazia muito boa campanha na Copa do Mundo de 1938, na França. Uma equipe constituída por integrantes de todas as raças que fazem o cotidiano do País. Não demorou muito para a seleção nacional de futebol se tornar a maior representante de todos os brasileiros. Depois vieram as de basquetebol, voleibol e representou muito bem esta imagem o – grande – pugilista Eder Jofre. Para o bem e para o mal, gostem ou não, suas derrotas e vitórias passariam a ser decepções e realizações de todos.
O 7 a 1 de 8 de Julho de 2014 foi um duro golpe. Não apenas dentro de campo. Além. Quem somos os brasileiros, o que é o futebol do Brasil e o que queremos? Improviso ganha jogo (?)…no improviso conseguimos fazer um grande País? Improviso ou planejamento; profissionalismo ou indicações? “Fortalecimento de uma ‘panela’ de amigos” ou metas com foco nos resultados? O “jeitinho” não pode ser vantagem competitiva.

Mineirão, 8 de Julho de 2014. (Foto: Divulgação)

 
Ambição, levar vantagem nas situações, fingimento, malandragem, individualismo – tão lembrados no estereótipo do brasileiro e que em muitas ocasiões foram projetados na forma de uma seleção nacional que a sociedade por ela tem um reconhecimento público – não são valores que conduzem à situação ideal que todos buscamos. Nessa linha de pensamento, a cultura da gorda gorjeta, o não-respeitar a faixa de pedestre, o trânsito desorganizado (todos querem levar vantagem, né?), o “Mensalão”, o “Lava Jato”, a politicagem nojenta e o desrespeito geral e irrestrito (que obrigava por exemplo o governo do Rio de Janeiro a promover operações chamadas de “Choque de Ordem”) são espelhos do que somos. É medíocre. País sério não precisa promover choque de ordem. Em país sério a ordem é a tônica.
O placar de cinco anos atrás foi triste, mas sem exageros pode ter sido o ponto de partida para revermos comportamentos e princípios que farão o Brasil maior e melhor, multicampeão em todos os aspectos.

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Em tempo mais uma citação que se relaciona com o tema da coluna:

“Mesmo que o tempo esteja inclemente e vocês caírem, tem coisas piores na vida do que um simples tombo na grama, e a vida é mesmo um jogo de futebol.”

Walter Scott (1771-1832), poeta e romancista escocês

 

 

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