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Como falado na semana passada sobre a situação do entorno do Maracanã e as demagogias acerca do estádio de atletismo Célio de Barros e o Museu do Índio, em que se comprovou que o problema não é a quantidade mas sim os projetos relacionados ao atletismo, e que o tal antigo museu virou, na realidade, um local de ocupação ilegal de famílias indígenas, temos agora o caso do antigo e o novo estádio do Grêmio de Foot-ball Porto Alegrense.

No final de dezembro, apareceram algumas notícias que davam conta do tombamento do estádio Olímpico. Ora, imediatamente após a inauguração da moderna Arena Grêmio, concebida em uma plataforma de negócios consistente entre duas empresas privadas – o Grêmio e a OAS – vem agora o poder público interferir a ponto de prejudicar as pretensões do principal investidor do empreendimento?

Para rememorar, a OAS negociou com o Grêmio a permuta do terreno onde hoje está o estádio Olímpico pela construção da Arena. Pela troca, a OAS projetou suas receitas com a construção de um empreendimento comercial no lugar do antigo estádio, localizado em região central e nobre da capital Porto Alegre. É sabido que um "tombamento" como patrimônio histórico limita em muito qualquer pretensão de intervenção imobiliária naquele bem.

O vereador que propõe o tombamento é conselheiro do Grêmio e esteve na assembleia de aprovação do negócio com a OAS. Além dele, alguns dirigentes gaúchos reforçam um posicionamento que entra no limiar da quebra de contrato de um negócio legítimo.

Não se respeitam contratos. Não se respeitam estudos. Não se leva em conta o investimento realizado, o fluxo de caixa de um projeto grandioso, as possibilidades de receitas e os riscos tomados para entregar uma arena moderna no prazo estipulado.

E a cada leitura de notícias sobre este tema nos meios de comunicação, chegamos à conclusão que parece ser mais saudável para a iniciativa privada manter, de fato, distância de qualquer tentativa de negócio que vá além de um mero patrocínio na camisa de jogo. Uma pena, pois, para o bem do futebol e das empresas, as oportunidades de negócios lucrativos para ambos são enormes.

Em suma, percebe-se que constantemente lutamos por coisas erradas, fugindo do foco da discussão. O cerne dos problemas, mais das vezes, não é tangível e carece, principalmente, de uma percepção mais global sobre os anseios e as expectativas de todos os envolvidos.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br

Leia mais:
Demagogias no mundo esportivo (parte 01)

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