A sobrecarga no treinamento através de jogos

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Recentemente, apresentei em um evento alguns treinos pautados nas teorias da complexidade, com exercícios de treino subordinados ao jogar pretendido pelas equipes (integrando questões táticas, físicas, técnicas e psicológicas)

Foi muito interessante a repercussão da minha explanação. Para cada exercício, diversos detalhes, algumas filmagens e ?scouts? em diversas dimensões do jogo.

Como estavam presentes muitos preparadores físicos, o que mais chamou a atenção do público foi a quantificação ?física? das atividades de treino.

Trago então para nossa coluna deste sábado um dos exercícios de uma sessão de treino da quarta semana, do mês número quatro da programação de treinos, já em um nível de complexidade maior, com regras mais elaboradas e exigentes.

Dentro do jogar da equipe, uma das propostas estava na realização de ?pressing? em profundidade, com jogo zonal e recuperação da bola em linhas mais adiantadas.

Esse exercício foi realizado respeitando uma sequência lógica definida, tanto na sessão de treino, quanto na semana, mês e ano de trabalho.


Durante a atividade, conforme podemos observar, cada jogador percorreu em média 2010 metros (com quase 100 mudanças de direção e oscilações abruptas de velocidade), sendo que um percentual considerável dessa distância foi percorrido em altíssima intensidade.

Não caberão nesse espaço, as curvas de frequência cardíaca e de velocidades a cada metro percorrido.

O fato é que projetando a movimentação dos jogadores dentro do campo de jogo, e comparando tal movimentação com a do jogo formal, notaremos que esse ?exercício? (jogo) proporcionou sobrecarga ?física? para o treinamento dos jogadores ? e não ?só? física, porque propiciou maior número de ações com bola, e exposição a conflitos do jogo de acordo com uma das características do modelo de jogo da equipe que treinava (e acima de tudo, levou o jogador ao estado de jogo).

Existem muitas outras informações e dados a respeito dessa atividade, da sessão de treino e de todo o ano de trabalho. Todas elas mostram que é possível, pautando-se nas teorias da complexidade, e subordinando a preparação do jogador de futebol ao jogo, não só construir atividades mais específicas à realidade competitiva, como também alcançar mais rapidamente melhores resultados na performance do jogador em jogo.

Obviamente, não adianta expor jogadores e equipes a atividades como a descrita, fora de um processo. Toda atividade, toda sessão de treino, devem estar pautadas em um processo definido, em que se sabe o tempo todo onde se está e onde se quer chegar, respeitando uma lógica didático-pedagógica que interaja o tempo todo com o calendário competitivo e as ambições da equipe.

Caso isso não fique claro, a mesma atividade para um grupo de jogadores pode se configurar em sobrecarga em demasia, ou mesmo de extrema insignificância ? o que acabaria por reforçar os desentendidos que confundem isso que estou apresentando, com o clássico treinamento em ?jogo-reduzido?.

Acho que é isso…

Para interagir com o autor: rodrigo@universidadedofutebol.com.br  

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