Como construir treinos integrados e pautados na complexidade: as inter-relações e as interdependências do sistema

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Hoje falarei sobre um aspecto de fundamental importância na construção de atividades de treino, que de maneira integrada (transdimensionalmente) propõe trabalhar e desenvolver conteúdos específicos de um modelo de jogo qualquer.

Todo sistema – e aqui quero usar “sistema” de uma forma mais ampla, e não utilizá-lo como sinônimo de esquema tático, tática, etc. – pode ser analisado também pelas inter-relações e interdependências entre seus elementos constituintes.

As inter-relações e as interdependências entre elementos de um sistema representam como e com qual intensidade esses elementos se relacionam e dependem uns dos outros.

Sem que nos aprofundemos no tema, o fato é que na concepção de atividades, para a construção de um treino integrado que seja orientado pela complexidade, é necessário compreender qual grau de inter-relações e interdependências se deseja alcançar ou criar com determinada atividade ou sessão de treino.

Se por exemplo um dos objetivos de uma sessão de treino for melhorar a dinâmica de flutuação de uma linha de defesa de quatro jogadores, é necessário que as atividades para tal sejam construídas pensando em circunstâncias-problema que evidenciem e privilegiem as relações e dependências entre os elementos dessa linha (tratando a linha como subsistema do sistema “JOGO”).

Mas, se o objetivo da sessão for integrar a movimentação dessa linha de defesa, com a movimentação do “volante” que compõe uma das pontas do triângulo formado pelos três jogadores da linha de meio-campo (em um 1-4-3-3, por exemplo), então as atividades de treino devem propiciar o surgimento de circunstâncias-poblema que evidenciem e privilegiem as relações e dependências entre os elementos da linha de defesa e o “volante”.

Por mais que isso tudo pareça óbvio, o fato é que mesmo em planejamentos bem feitos, com sequência pedagógica e sobrecargas adequadas, muitas vezes essas inter-relações e interdependências são tratadas como variáveis inerentes, por exemplo, à construção de esquemas táticos (que representam apenas um dos conteúdos de um modelo de jogo), e não das dinâmicas que nascem da associação de todos os conteúdos de um modelo de jogo.

E isso pode mudar significativamente tudo!

Não é possível construir treinos fractais sem conhecer bem e a fundo as inter-relações e interdependências entre os elementos do sistema “JOGO”, especialmente se não tratarmos o modelo de jogo como subsistema desse sistema, e não o contrário…

Para interagir com o autor: rodrigo@universidadedofutebol.com.br

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