Cadê o futebol ofensivo brasileiro?!

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O futebol brasileiro construiu suas vitórias através do jogo bem jogado. E esse jogo foi marcado pela ofensividade – sim, também é possível jogar bem tendo como principal virtude a defesa. Porém, quando passamos a chamar a atenção do mundo ganhando três entre quatro Copas do Mundo (de 1958 a 1970) nos caracterizamos pelo drible, velocidade, alegria, malemolência dos nossos craques.
O mundo mudou e o futebol também. Muitos brigam com isso, mas é a realidade. Antes não tínhamos celular. Hoje o mundo está na ponta dos nossos dedos. Antes a pedagogia do futebol de rua formava nossos craques. Hoje nossos garotos não conseguem ter as tais dez mil horas de prática, necessárias para a excelência de qualquer atividade.
O movimento recente de nossa ‘escola’ vem produzindo muito mais defesas do que ataques. Se diminuímos o número de craques formados e exportamos a maioria deles precocemente para a Europa, a saída que nossos treinadores encontraram foi trabalhar princípios e sub-princípios defensivos. Hoje vemos nos principais clubes do Brasil compactação, marcação por zona, sempre com coberturas bem executadas.
O próximo passo então é resgatar o que fazíamos, mas sabendo que só o talento não vai resolver. Com essas defesas bem estruturadas, apenas ataques com ideias e conteúdos vão funcionar. Nada de somente fazer a bola chegar ao terço final do campo e lá os jogadores saberão o que fazer.
Dá para trabalhar conceitos ofensivos. Dá para treinar. Existem mecanismos de fazer o jogador entender que mesmo sem a bola ele tem importância. Ele pode abrir linhas de passe, dar apoio, levar a marcação, gerar amplitude abrindo o campo e ter uma enorme relevância, mesmo sem tocando na bola.
É treino, é convencimento, é mudar a crença individualista geral que reina na nossa cultura. Dá trabalho. Mas dá para fazer.

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